terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

São Luís - MA


São Luís (MA)

São Luís foi fundada pelos franceses, em 1612, mas coube aos portugueses darem à capital do Maranhão sua marca registrada - seu belíssimo estilo arquitetônico. Foram os lusitanos que deixaram como herança os mais de três mil sobrados e casarões que se espalham pelas ruas e praças do Centro Histórico, no bairro de Praia Grande.

Reggae é o ritmo oficial das rádios, bares e clubes que lotam nos finais de semana

Tombada pela Unesco, boa parte do casario colonial datado dos séculos 18 e 19 foi restaurada e remete a uma viagem a um passado de prosperidade e ostentação.

Hoje, os antigos solares do barões abrigam espaços culturais, museus, lojas e restaurantes que preservam em suas fachadas os coloridos azulejos portugueses.   

Além da história, a cidade preserva culturas e tradições. O Bumba-Meu-Boi, representação folclórica que combina teatro, música e dança, atrai gente de todo o canto que chega para participar da colorida festa que toma conta das ruas nos meses de junho e julho.

Tão enraizado quanto o folclore é o reggae. O ritmo, presente nas rádios, clubes e bares, conferiu a São Luís o título de "Jamaica brasileira" e torna impossível não soltar o corpo ao lado dos rastafaris ao som de Bob Marley e companhia.  

A capital maranhense, porém, exibe uma faceta moderna e luxuosa. Do outro lado do Rio do Anil está a parte nova de São Luís, ligada à área antiga pela ponte José Sarney. Por lá estão arranha-céus, shoppings centers e restaurantes sofisticados que servem pratos típicos como o arroz-de-cuxá.

As praias - de águas não tão azuis - também ficam nesta área. A maré costuma variar bastante ao logo do dia, ainda assim, dá para curtir um banho em Calhau, Olho D'Água e Araçagi.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Ilhéus_BA



Ilhéus

A moldura exuberante – mar azul esverdeado de um lado e Mata Atlântica de outro – conferiu a Ilhéus o título de cartão-postal da Costa do Cacau. Também as boas ondas que quebram por ali tornaram a região um dos points do surf do Nordeste brasileiro. Mas Ilhéus também tem águas calmas e areias douradas, como as das praias dos Milionários, do Sul e de São Miguel, as preferidas dos nativos e dos turistas.     

Foram os caprichos da natureza - o cacaueiro é tipicamente equatorial, mas em Ilhéus se adaptou melhor que encomenda - que permitiram à cidade atingir seu apogeu no início do século 20. As lembranças da época continuam vivas no Centro Histórico, repleto de casarões e palacetes erguidos pelos barões em estilo neoclássico.

Os antigos pontos de encontro dos ricos comerciantes também permanecem de pé, como o Bar Vesúvio e o Cabaré Bataclan, presentes nas obras do ilustre filho adotivo Jorge Amado. Em homenagem ao escritor, que tão bem retratou as belezas e as histórias da cidade, a residência onde passou a infância foi transformada em Casa de Cultura.

O sabor dos tempos áureos também não foi perdido. Algumas fazendas da região estão abertas à visitação e permitem conhecer o processo de cultivo do cacau desde a plantação até o processo pós-colheita, incluindo, claro, uma degustação.

Até mesmo a primeira fábrica de chocolates caseiros do Nordeste funciona a todo vapor, oferecendo as delícias com recheios e formas diversas.

A preservação histórica e cultural da região reflete na natureza. É em Ilhéus que fica a Estrada Parque, a primeira rodovia ecológica do país, com praias selvagens, manguezais, cachoeiras...tendo como ponto final a intocada Itacaré, salpicada de praias desertas e protegidas por costões.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Manaus_AM


Manaus (AM)

Ponto de partida para emocionantes passeios que descortinam a floresta Amazônica, Manaus tem muito a oferecer aos turistas que lá chegam ávidos por um íntimo contato com o exotismo que viram nos documentários de TV. O programa básico é também o mais famoso: o tour de barco até o encontro dos rios Negro e Solimões, que correm lado a lado por seis quilômetros sem que as águas - uma barrenta e outra escura - se misturem. O passeio, entretanto, ganha doses extras de aventura se combinado a um trekking na mata, a uma volta de canoa pelos igarapés ou a uma visita às aldeias indígenas. A observação de pássaros, répteis e plantas está incluída no "pacote".

Em terra firme, as atrações ficam por conta das suntuosas construções do final do século 19, época em que a capital prosperou graças ao Ciclo da Borracha. Palácios em estilo art nouveau espalham-se pelo Centro e, bem preservados, abrigam espaços culturais. Entre eles está o cartão-postal de Manaus, o Teatro Amazonas. Inaugurado em 1896, era frequentado pelos barões que lá assistiam a concorridos espetáculos de companhias européias. Luxo e riqueza se fazem presentes ainda através da decoração - lustres e máscaras venezianas estão por toda a parte.

Depois da imersão natural e cultural é hora de saborear a culinária típica amazonense. São muitos os bons restaurantes que capricham nas receitas regionais, sempre tendo os peixes como destaque. O segredo de cada um fica por conta dos ingredientes e temperos, como tucupi, gengibre e açaí. Para auxiliar a digestão, vale a pena circular pelo bairro de Ponta Negra, cercado de prédios, calçadão, praças de esportes, bares animados e praia fluvial que fica lotada entre os meses de agosto e janeiro, quando aparece a faixa de areia. Aliás, atentar-se às estações é imprescindível para melhor aproveitar a viagem e os passeios. De dezembro a maio, as chuvas não dão trégua, inundando florestas e igarapés.  Já em setembro, os termômetros chegam fácil aos 40 graus.