segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Camamu_BA


CAMAMU – BA
Porto de embarcação para Barra Grande e Baía de Camamu, a cidade de Camamu está a 329 km pela BR-101 de Salvador, às margens do Rio Acarai, abre-se em meio a um vasto manguezal. Inicialmente habitada pelos índios Macamamus, sua origem remonta a 1560, quando jesuítas ergueram a capela de Nossa Senhora da Assunção de Macamamu daí o nome da localidade.

Uma das mais antigas cidades brasileiras, Camamu chegou a ser o maior produtor de farinha de mandioca do Brasil. Construída em dois andares, assim como Salvador, a cidade alta abriga prédios coloniais, a maior igreja do interior do estado - Matriz de Nossa Senhora da Assunção, datada do século XVIII - e antigos casarões.

Do mirante, descortina-se uma bela vista da Baía de Camamu, entrecortada por mangues. Na parte baixa, destaque para a feira e o porto, onde, em 1693, funcionava também a Casa de Câmara e Cadeia

Para desfrutar da natureza por completo, vale a pena passeios de barco ao longo desta que é a terceira maior baía do Brasil (a Baía de Camamu), só superada pela Baía de Todos os Santos e pela Baía de Guanabara) e com 440 anos de existência, Camamu é uma das mais antigas cidades brasileiras e conhecer a sua infinitude de ilhas entocadas em meio à mata preservada, e os pequenos povoados que mantêm viva a cultura tradicional. Outra boa opção é seguir também rumo às praias paradisíacas, cachoeiras, ilhotas e mangues de Barra Grande. A cidade possui um rico patrimônio arquitetônico e urbanístico, além de uma das maiores igrejas do interior do Estado, a matriz de Nossa Senhora da Assunção, do século XVIII.

Camamu segue a tradição luso-brasileira de cidade de dois andares com ruas tortuosas e estreitas observadas em Lisboa, Porto, Salvador e Maraú. O sítio onde a cidade foi implantada é acidentado, com desnível de 40 metros. Na parte baixa da cidade fica o porto, onde se instalou em 1693, a casa de Câmara e Cadeia.

História & Cultura
Nascida de uma aldeia de índios tupiniquins em 1560, catequizados pelos jesuítas, que ali ergueram a capela de Nossa Senhora da Assunção de Macamamu. A criação da vila em 1565 juntamente com as de Cairu e Boipeba deveu-se ao segundo donatário da capitania de Ilhéus Lucas Giraldes.

Camamu chegou a ser a segunda cidade mais importante da Bahia e o maior exportador de farinha de mandioca do país. O naturalista Von Martius no início do século XIX disse sobre Camamu: “este lugar é sem dúvida o mais importante e o mais populoso da costa da Bahia, ao sul da Capital. Conta-se na vila para mais de 6.000 pessoas, havendo proporcionalmente muitos brancos e poucos índios”. Dotada de um mirante em sua parte alta e situada defronte de uma baía repleta de manguezais, segundo uma lenda local curupira com seus pés voltados para trás, já fez mais de uma pessoa perder a orientação dentro do mangue. Se você passar algum tempo caminhando entre as raízes aéreas do manguezal entenderá o porquê da crença.

Na parte alta da cidade fica também a igreja de São Benedito (1839), onde residiram os jesuítas e na qual dizem que existe um túnel fazendo uma interligação com um casarão do outro lado da rua, que era utilizado na época dos ataques holandeses. Destaca-se ainda a igreja de Nossa Senhora do Desterro, construída provavelmente em 1670, com sua cúpula nervurada de base quadrada, uma reminiscência gótica. São comuns na cidade sobrados com portas e janelas com cercaduras do tipo Maria I.

Segundo o inventário de Proteção do Acervo Cultural da Bahia IPAC-BA, “Em Camamu, devido às condições do sítio, muito acidentado, surge, ainda, no século XVIII, um tipo de habitação muito particular, que se poderia chamar de sobrado invertido. São residências, muitas vezes com sótão, com acesso por uma rua elevada e dois ou mais porões abertos para a encosta. Quando na esquina, tais porões se articulam diretamente com a rua e têm funções independentes da residência”. Na zona rural há belas casas de fazendas e engenhos.

A cultura do cacau no Baixo Sul foi iniciada em Camamu no século XIX. Naquela época, o escoamento da produção era feito através dos portos de Nilo Peçanha e Ituberá.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Bombinhas_SC


BOMBINHAS – SC
História & Cultura

A história de Bombinhas começa muito tempo antes da colonização. Os sítios arqueológicos, inscrições rupestres, oficinas líticas e a própria denominação de locais, como a Ilha do "Macuco", atestam a existência de tribos indígenas, na sua maioria tupi, na península. A localização dos sambaquis mostra que os índios preferiam morar perto do mar e viviam da pesca e cultivo de mandioca.

No ano de 1527, Sebastião Caboto, a serviço do rei da Espanha, chegou a enseada de Zimbros , dando-lhe o nome de são Sebastião, ocasião em que levou quatro nativos brasileiros para a Europa. Entre 1748 e 1756 foram enviados para todo o litoral catarinense, cerca de 6.071 pessoas, vindas das Ilhas dos Açores, território português. Algumas famílias fixaram-se nas imediações da Enseada das Garoupas, hoje Porto Belo, dando o nome de Nova Ericeira. Tempos depois, a península passou a se chamar Porto Belo. Com eles, vieram sua cultura popular, como as técnicas de pesca, o boi na vara, o carro de boi, a olaria de cerâmica utilitária e decorativa, a renda de bilro, etc. A chegada do colonizador conduziu às mudanças de costumes e, inclusive, do modo de ocupação das terras em relação aos indígenas. Os colonizadores preferiram fixar-se nos morro e dedicaram-se sobretudo, à agricultura.

Com auto-suficiência, a comunidade plantava, pescava, fazia farinha, açúcar, café em pó e escalava o peixe para conservar. Produzia suas roupas e, também, cestos, louças de barro, sabão e óleo de peixe para a iluminação. A fabricação da canoa de um pau só também é uma arte herdada dos índios carijós. O nome se dá por ser construída em um único tronco de madeira entalhado, que ganha a forma de canoa. O garapuvú, árvore abundantemente encontrada na região é preferida em função de sua leveza e por possuir o tronco reto em seus nós. A maioria dos pescadores de Bombinhas, mantém com extraordinário capricho as canoas herdadas dos avós, muitas delas com cerca de 100 anos.

Após 1960 a população desocupou o morro, passando ocupar a parte plana; a ela se adicionou uma população flutuante, na temporada de verão. A comunidade foi beneficiada pela melhoria das estradas de rodagem, pela disponibilidade de transportes coletivos, rede de água e eletricidade. A vinda dos primeiros turistas anunciava uma transformação na localidade e uma rápida ocupação. Na década de 70 cresceu rapidamente o número de casas de praia dos veranistas, sendo que nesta etapa, outras atividades vieram complementar a renda familiar. A Cidade que vivia da pesca passou a incrementar a renda familiar através do turismo, tanto pela locação de suas residências como com estabelecimentos comerciais.

A partir dos anos 90, o fluxo de turistas aumenta a cada ano, e em 1992 a população vota a favor da emancipação política de Porto Belo. Atualmente, possui boa infra-estrutura turística, com ótimos hotéis e restaurantes, além de opções de lazer e entretenimento, que fazem de Bombinhas a décima quarta cidade mais visitada do país, em viagens de lazer.

Toda a península que compõe o município abriga lendas misteriosas e praias de areias brancas e águas transparente emolduradas por morros verdejantes. O principal atrativo turístico de Bombinhas é o seu patrimônio natural formado por uma rica diversidade biológica que se encontra distribuída na Floresta Atlântica, praias, rios, mangues, dunas, restingas, baía, enseada, rochedos, ilhas oceânicas. Bombinhas oferece aos seus visitantes diversificadas opções de lazer e esporte, principalmente aquáticos, para todos os gostos e idades. Tudo isso aliado à farta gastronomia.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Natal_RN


Natal_RN

Construída sobre dunas, a capital do Rio Grande do Norte tem praias belíssimas, diversas lagoas, um ótimo clima e muitas atrações interessantes.

Tanto a história, quanto a orla costeira de Natal, têm início na estratégica foz do Rio Potengi, onde, em 1568, os portugueses começaram a levantar, sobre os arrecifes, uma sólida fortaleza em forma de estrela de cinco pontas, com enormes pedras de granito trazidas da Europa. Trinta anos depois, em 6 de janeiro de 1598, foi concluída a construção, que, em virtude daquela importante data cristã, é conhecida como Forte dos Reis Magos.

Dominado pelos holandeses de 1630 a 1654, o forte abriga uma capela com cisterna de água doce e um marco de posse, usado como sinal do domínio de Portugal sobre as terras descobertas.

O lugar, muito visitado, oferece, ao redor, a Praia do Forte, com piscinas naturais na maré baixa. Outra boa opção de passeio é o Parque das Dunas, segundo maior parque urbano do país, com quase 12 km² protegidos por lei, responsável pela preservação do clima ameno e do lençol de água subterrâneo que abastece boa parte da cidade.

Ali é possível ver como era Natal antes da colonização e aprender sobre a importância da vegetação, que impede que as dunas se movam com o vento, e sobre a biodiversidade local, que inclui mais de 70 espécies de aves, e 269 espécies da flora.

Descendo pela orla, há uma sucessão de belas praias, entre as quais se destaca Ponta Negra, onde ficam diversos bares e restaurantes, além do célebre Morro do Careca, duna de 120 metros de altura, com acesso interditado.

Em Ponta Negra tem início a Rota do Sol, que liga Natal às praias do sul. Pirangi do Norte, uma magnífica enseada, com piscinas naturais que se formam, na maré baixa, a menos de 1 km da costa, é bastante conhecida por possuir o maior cajueiro do mundo.

A árvore, de mais de cem anos, tem uma rara mutação genética que a faz ocupar uma superfície de 8.500 m². A anomalia causa o crescimento desproporcional dos galhos, que, sob o próprio peso, acabam por tocar o solo e criar raízes, crescendo como se fossem troncos de uma nova árvore.

Uma das praias mais bonitas é Búzios com áreas de águas calmas, boas para mergulho, e outras com ondas fortes, boas para surfe, além de muitas dunas e lagoas. Em Barra de Tabatinga, o destaque é o Mirante dos Golfinhos, que fica no alto de uma falésia e tem uma deslumbrante vista do mar e das dunas.

Na maré alta, os golfinhos costumam nadar e brincar no local. Camurupim é uma bela praia, de ondas fracas e piscinas naturais, onde fica a Lagoa de Arituba, com suas águas cristalinas. Na barra da Lagoa Guaraíras, a deserta Barreta, cercada por dunas, oferece piscinas naturais na maré baixa.