quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ubatuba_SP


Ubatuba_SP

Ubatuba, no litoral norte do estado de São Paulo, tem cerca de 80% de seu território dentro da área de preservação permanente do Parque Estadual da Serra do Mar, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

Coberta pela Mata Atlântica quase intacta, onde se revelam inúmeras cachoeiras, como a da Escada, possui aproximadamente 84 praias e 16 ilhas, ao longo de 100 km de costa.

Com águas claras, que proporcionam boa visibilidade, e uma grande variedade de vida marinha, é considerado um paraíso para os adeptos do mergulho. Entre peixes e tartarugas, até golfinhos e baleias costumam ser vistos no mar de Ubatuba, que oferece praias para todos os tipos de gosto.

Entre as mais bonitas, podem ser incluídas ao menos dez, a começar por Itamambuca, uma das mais procuradas pelos surfistas, por causa de suas ondas fortes. Extensa, de areia clara e solta, com muita vegetação e a desembocadura de três rios de águas cristalinas, dois dos quais formam um lago, Itamambuca é própria também para mergulho e esportes náuticos.

Outras favoráveis ao surfe, são as praias do Félix, de águas transparentes, com ondas fortes do lado esquerdo e mar tranqüilo no canto direito, e a Vermelha do Centro, ou Vermelhinha, cujas areias, grossas e fofas, com muitas conchas, apresentam um tom avermelhado. Já a Praia do Tenório, tem areias brancas e macias, enquanto a Brava da Fortaleza tem a orla abrigada pela Mata Atlântica.

A pequena e desabitada Cedro, tem aspecto primitivo, Puruba, para ser acessada, exige a travessia da junção de dois rios. Na Vermelha do Sul, há muitas casas sofisticadas, o que lhe rendeu o apelido de Praia dos Arquitetos, e Domingas Dias, é uma pequena enseada, de águas límpidas e tranqüilas.

A Praia de Picinguaba é muito visitada, não apenas por suas águas verdes e calmas, mas também por possuir uma antiga vila caiçara, tombada pelo Patrimônio Histórico, onde foi restaurada uma Casa de Farinha, ainda em pleno funcionamento.

Faz parte do Núcleo Picinguaba, que tem cerca de 475 km² e é o único trecho do Parque Estadual da Serra do Mar que atinge o nível do oceano, protegendo ecossistemas costeiros com altos índices de biodiversidade, entre praias, mangues, costões rochosos e mata de restinga.

Igualmente inserida no Parque Estadual da Serra do Mar, a Ilha Anchieta possui sete belas praias selvagens e ótimos pontos de mergulho, além das instalações do Projeto Tamar e das ruínas de um antigo presídio político.

O Aquário de Ubatuba, em Itaguá, possui tanques de água salgada, entre os quais, um dos maiores do Brasil, tanques de água doce e até uma área climatizada para pingüins.

História & Cultura

Foram os índios Tamois os primeiros habitantes de Ubauba, que até início do século XVII, possuíam numerosos aldeias. Transcorreu ali, a Confederação dos Tamoois, levante indígena contra os colonizadores portugueses, causado por incentivo dos franceses (Nicolau Durand de Villegaignon) invasores do Rio de Janeiro.

Hans Staden, mercenário alemão, do forte português de São Jorge do Bertioga, ficou prisioneiro na aldeia de Iperoig. Depois dele, Padres Manoel da Nóbrega e José de Ancheita foram os primeiros brancos a visitar o aldeamento de Ubatuba, com o intuito de apaziguar os Tamoios. Nesse tempo, Anchieta escreveu o célebre "Poema à Virgem", nas areias de Ubatuba. Com hábil indicação desses padres, foi esabelecido em 1563, o tratado "A Paz de Iperoig".

Ubatuba, cujo topônimo decorre de "Ybá-tiba"- abundância de cana brava utilizada para confecção de flechas, foi fundada pelo Capitão e ouvidor Jordão Homem da Costa, natural da ilha portugueses Terceira, que com sua família e agregados, aqui se estabeleceram por volta de 1600. Levantou uma capela sob invocação de "Exaltação de Santa Cruz", iniciando, assim, a povoação local. Foram concedidas as primeiras sesmarias cabendo a Inocêncio de Inhatete e Miguel Gonçalves, em 1610, as terras que compõem o atual Município, entre os rios Marajaimirendiba e Ubatuba. Pouco tempo depois, em 1637, foi elevada à categoria de vila (Município), predominando em sua economia as culturas da mandioca e cana-de-açúcar, e ainda a pesca.

Durante a primeira metade do século XIX, o café foi o principal responsável pelo grande surto de desenvolvimento ocorrido e pelo seu porto era escoada a produção do Vale do Paraíba.

Fonte: IBGE



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Teresópolis_RJ


TERESÓPOLIS – RJ
História & Cultura

O mais antigo documento que existe, fazendo referência ao "povoado e sertão", situados por detrás da serra dos Órgãos, é uma planta levantada por ocasião da "viagem feita a essa serra pelo Dr. Baltazar da Silva Lisboa, Juiz de Fora do Rio de Janeiro, ordenada pelo Ministro e Secretário dos Negócios Ultramarinos, em 1788". Contém a descrição da serra e uma pequena notícia sobre o "sertão", onde vem assinalada a cascata do Imbuí.

Nada de notável havia, além da estrada de penetração partindo de Piedade (litoral), galgando a serra e seguindo para o verdadeiro sertão.

Teresópolis tornou-se conhecida depois que ali se estabeleceu o súdito inglês George March (nascido e educado em Lisboa), que adquiriu uma sesmaria de 4 léguas quadradas, na serra dos órgãos, anteriormente a 1821.

Com fazenda de criação e cultivo de cereais March, antigo negociante no Rio de Janeiro localizou a sede da fazenda no Alto, o campo das éguas na Várzea, as lavouras no Quebra-frascos e no Imbuí e em Antônio José, os potros e novilhas. Morando em residência confortável, convidava patrícios e amigos a fazerem-lhe companhia na estação calmosa, começando, assim, o hábito do veraneio na serra.

A segunda doação de terras foi feita por D. João VI ao Tenente Joaquim Paulo de Oliveira (filho de José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes), como prêmio pelos bons serviços prestados ao rei: uma "posse" no vale do córrego Antônio José, nas proximidades da cascata do Imbuí, deu o nome a todo aquele vale.

A região era alcançada, primeiramente, pela estrada Magé-Sapucaia, via Canoas, mas, depois de abandonado o trecho de Socavão, passou a ser atravessada pela nova estrada da serra dos Órgãos, caminho preferido para o Pôrto da Piedade e o mais curto para a Corte.

Data de 1845, quando faleceu George March, o começo da povoação, pela divisão da propriedade entre seus herdeiros que, por sua vez, a retalharam e venderam em fazendas menores, sítios e lotes.

Todas essas terras que constituíram a sesmaria March, depois Fazenda dos Órgãos e Fazenda March, voltaram, com pequenas exceções no Quebra-frascos, no Imbuí e na Posse (que couberam aos descendentes do Tenente Joaquim Paulo), a centralizar-se nas mãos de um único proprietário " Companhia Estrada de Ferro Teresópolis", conforme contrato de construção da estrada de ferro e da cidade de Teresópolis, lavrado a 16 de julho de 1890.

A construção da estrada de ferro e da cidade prendia-se ao desejo do governo do Estado do Rio de Janeiro em transferir a capital estadual para este local. Tais planos, porém, não foram realizados, e outra vez a propriedade é desmembrada e retalhada, resultando a cidade atual. Do que fora previsto no plano, somente a criação do Município efetivou-se a 6 de julho de 1891.

Acredita-se que a denominação de Teresópolis, dada à povoação, tenha sido em homenagem à Imperatriz D. Teresa Cristina.

A construção da estrada de ferro, que havia sido tentada em 1872, foi realizada pelo engenheiro José Augusto Vieira, sucessor da primitiva, Cia. Estrada de Ferro Teresópolis, e inaugurada a 19 de setembro de 1908, exatamente 13 anos depois de iniciados os trabalhos. Tornou-se mais tarde obsoleta com o advento das boas rodovias e hoje não mais existe.

Fonte: IBGE


sexta-feira, 23 de julho de 2010

São Paulo_SP


São Paulo – SP
História & Cultura

A Vila de São Paulo de Piratininga teve início em 25 de Janeiro de 1554 com a construção de um colégio jesuíta, pelos padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha por finalidade a catequese dos índios que viviam na região.

O povoamento da região teve início em 1560, quando, por ordem de Mem de Sá, governador-geral da colônia, mandou a população da vila de Santo André da Borda do Campo para os arredores do colégio, denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga" – o nome foi escolhido porque dia 25 de janeiro a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso. Desta forma, a vila de Santo André da Borda do Campo foi extinta, e São Paulo foi elevada à categoria de vila. São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, que se mantinha por meio de lavouras de subsistência.

Por ser a região mais pobre da colônia, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo interior do país à caça de índios, de ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região de Minas Gerais fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo, que foi elevada à categoria de cidade em 1711. Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo paulista do açúcar, que se espalhou pelo interior da província, e a cidade de São Paulo tinha a finalidade de escoar a produção para o porto de Santos.

Após a Independência do Brasil, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação dos cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculdade de Direito do Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores, juntamente com o crescimento da produção do café nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto, e graças a qual a cidade passa a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga. De meados desse século até o seu final, foi o período que a província começou a receber uma grande quantidade de imigrantes, em boa parte italianos, dos quais muitos se fixaram na capital, e as primeiras indústrias começaram a se instalar.

De meados do século XIX em diante, São Paulo passa a se beneficiar da ferrovia que liga o interior do estado de São Paulo ao porto de Santos. A facilidade de exportar o café permite à cidade e ao estado de São Paulo um grande crescimento econômico. Mas é com o fim do Segundo Reinado que a Cidade de São Paulo, assim como o estado de São Paulo, tem grande crescimento econômico e populacional, também auxiliado pela política do café-com-leite.

O auge do período do café é representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no fim do século XIX. Neste período, o centro financeiro da cidade desloca-se de seu centro histórico (região chamada de "Triângulo Histórico") para áreas mais a Oeste. O vale do Rio Anhangabaú é ajardinado e a região do outro lado do rio passa a ser conhecida como Centro Novo. Os melhoramentos realizados na cidade pelos administradores João Teodoro e Antônio Prado contribuem para o clima de desenvolvimento: estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e reconstruída. Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras. O grande surto industrial se deu durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura e às restrições ao comércio internacional, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento muito elevada até os dias atuais.

Atualmente, o crescimento vem se desacelerando, devido ao crescimento industrial de outras regiões do Brasil, e o perfil da cidade vem se transformando de uma cidade industrial para uma metrópole de comércio, serviços e tecnologia, sendo que hoje é, por muitos, considerada a mais importante metrópole da América Latina.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Penedo_AL



PENEDO – AL

Erguendo-se imponente sobre um rochedo às margens do rio São Francisco, a cidade de Penedo foi fundada no século XVI, é um relicário vivo, que conserva um patrimônio artístico-cultural de grande valor, tendo sido palco dos acontecimentos mais importantes do Brasil Colonial. As marcas dos colonizadores portugueses, holandeses e dos missionários franciscanos, podem ser constatadas na arquitetura barroca de conventos e igrejas. Um passeio pelas águas do "Velho Chico" é um convite à descoberta de ilhas, prainhas e lugarejos.

A cidade de Penedo é uma das mais bonitas e antigas cidades históricas brasileiras e impressiona seus visitantes pelo seu rico patrimônio histórico-cultural. Suas igrejas, conventos e palacetes do século XVII e XVIII proporcionam uma verdadeira viagem ao passado do Brasil Colonial.

Há na cidade edificações neoclássicas e até exemplares de art-nouveau do final do século 19. Seu apogeu econômico ocorreu no século 19, com o renascimento da indústria do açúcar. A cidade de Penedo possui um centro histórico de significativa importância, formado pelos conjuntos de logradouros públicos e edificações integrantes do Patrimônio Nacional.

A culinária e as manifestações folclóricas são atração à parte. As festividades duram o ano inteiro: Festa do Bom Jesus dos Navegantes (janeiro), Festival de Tradições Populares e aniversário da cidade (abril), Circuito de Jeep (maio), São João (junho), Circuito de Motovelocidade (agosto), Penedo Fest (Outubro), Gincana de Pesca de Arremesso (novembro) e Natal (dezembro).

Créditos: Pref. Mun. de Penedo

Historia & Cultura

Existem duas versões para a origem do município de Penedo. A primeira, de que a criação do povoado está relacionado à Duarte Coelho Pereira, primeiro donatário da capitania de Pernambuco, que se aventurou em viagens de exploração do rio São Francisco. A segunda, mais divulgada, credita essa responsabilidade a seu filho, Duarte Coelho de Albuquerque, que herdou a capitania. De acordo com o historiador Craveiro Costa, a conquista de Alagoas e, particularmente, de Penedo, começou em 1560, quando Albuquerque organizou duas bandeiras: uma com destino ao norte de Olinda e outra para o sul.

A que se dirigiu ao sul atingiu o rio São Francisco entre 1560 e 1565. A primeira sesmaria registrada na região data de 1596, mas acredita-se que o povoado só foi oficialmente fundado a partir de 1613, com o recebimento de uma sesmaria por Cristóvão da Rocha. Em 1636, foi elevada à Vila de São Francisco e no final do século XVII passou a ser chamada de Penedo do Rio São Francisco. Em 1842, foi elevada à categoria de cidade.

Créditos: IBGE

domingo, 18 de julho de 2010

São Luis do Maranhão


São Luis do Maranhão – MA
História & Cultura

Fundada em 1612, São Luís recebeu esse nome em homenagem a Luís XIII, rei da França. São Luís é a única capital brasileira fundada pelos franceses que permaneceram na cidade até 1615 quando, depois de muitas lutas, foram expulsos pelos portugueses liderados por Jerônimo de Albuquerque, herói de Guaxenduba, que acrescentou ao seu nome o apelido de Maranhão.

Os portugueses reinaram em paz até 1641, quando dois mil soldados holandeses chegaram em navios comandados pelo Almirante Jan Cornelli. Os holandeses destruíram casas, queimaram igrejas (eram protestantes) e saquearam a cidade como forma de pressão. Em 1642, sob o comando do Capitão Antonio Teixeira de Melo, os portugueses expulsaram os holandeses após terem encontrado a cidade em ruínas. A partir daí, São Luís passou por uma fase de tranqüilidade e foi tornando-se mais burguesa.

Embora tenha sido fundada por franceses, a capital do Estado do Maranhão guarda poucas evidências disso, com exceção de alguns nomes de ruas e monumentos, e um toque refinado na culinária. Mas os principais traços da cidade são mesmo herdados dos portugueses: o incrível casario azulejado e os inúmeros sobrenomes de origem lusitana, entre outras influências.

■ São Luis - Patrimônio da Humanidade
Em 1997, São Luís recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, um reconhecimento à preservação de seu magnífico e homogêneo conjunto arquitetônico colonial latino-americano dos séculos XVIII e XIX. São mais de 3.500 edificações de inigualável valor histórico e artístico, que retratam o modo de vida das antigas famílias abastadas da cidade.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

João Pessoa_PB


João Pessoa é a terceira cidade mais antiga do Brasil, à cidade possui uma história de quatrocentos e dezessete anos, bem guardada nos seus monumentos e preservada no verde, que é uma de suas características mais fortes e que lhe rendeu o título de segunda cidade mais verde do mundo, atrás, apenas, de Paris.

O cuidado do pessoense com a vegetação pode ser observado em todas as paisagens. A cidade está cheia de árvores frutíferas, gramados e jardins. No Centro, se encontra a Lagoa do Parque Solon de Lucena, como um eixo de onde partem as principais avenidas. O mais conhecido cartão postal é cercado de palmeiras imperiais e de árvores frondosas.

A cidade, que nasceu no às margens do Rio Sanhauá, cresceu em direção ao mar. As belas praias também são uma marca de João Pessoa. Dona de um litoral privilegiado, a capital paraibana tem áreas ainda virgens, intocadas pela mão do homem.

Fica na Praia do Cabo Branco o ponto extremo oriental das Américas: a Ponta do Seixas - uma falésia de argila e muita vegetação preservada, um dos marcos geográficos mais importantes do país. Durante todo o ano, a temperatura, em torno de 29 graus, é um convite ao lazer e ao descanso nas águas sempre azuis de praias, como: Tambaú, Manaíra, Bessa, Cabo Branco e toda a Costa do Sol.

Créditos: Prefeitura Municipal de João Pessoa

História & Cultura

João Pessoa possui um vasto acervo arquitetônico formado, principalmente, de construções barrocas. A presença das ordens religiosas e o rápido enriquecimento dos barões do açúcar e do algodão deram à cidade monumentos que, ainda hoje, impressionam pelo seu vigor e pela beleza de sua construção.

A beleza do conjunto barroco atrai visitantes de todo o país pela delicadeza dos azulejos que formam os painéis frontais e retratam a paixão de Cristo. Totalmente recuperado, o conjunto de São Francisco foi transformado em centro cultural, um espaço aberto a oficinas e exposições, além do seu acervo barroco.

Esta é João Pessoa, uma cidade que une o passado ao futuro e que se orgulha de receber bem. A cidade aonde o sol chega primeiro para abençoar essa sinfonia de verde, composta pelo rio, pelo mar e pelas árvores que tomam o seu casario. Uma cidade que espera por você sempre de braços abertos.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Rio das Ostras_RJ


RIO DAS OSTRAS – RJ
Historia & Cultura

Inicialmente ocupado por índios Tamoios e Goytacazes, o território que hoje compreende o município de Rio das Ostras era constituído pela sesmaria concedida pelo capitão-mor e governador do Rio de Janeiro, Martin Corrêa de Sá, em 1º de agosto de 1630, aos padres da companhia de Jesus. A sesmaria tinha como limites o rio Iriri - atual rio das Ostras - ao sul, e o rio dos Bagres, ao norte. Os índios e os jesuítas deixaram suas marcas em obras como a da antiga igreja de Nossa Senhora da Conceição, o poço de pedras e o cemitério. Após a expulsão dos jesuítas no ano de 1759, a igreja foi terminada no final do século XVIII, provavelmente pelos Beneditinos e Carmelitas.

As primeiras notícias sobre a área onde hoje se situam os municípios de Casimiro de Abreu e Rio das Ostras datam do princípio do século XVIII, quando, de uma antiga aldeia de índios, originou-se a freguesia denominada Sacra Família de Ipuca, em 1761. A ocorrência de freqüentes epidemias naquela localidade fez com que a sede da freguesia fosse transferida para a foz do Rio São João, que já possuía núcleos de pescadores. O desenvolvimento aí verificado determinou a criação do município de Barra de São João em 1846, cujo território foi desmembrado do município de Macaé, tendo sido o arraial de
Barra de São João elevado à categoria de vila, que desempenhava.

Durante todo esse período, a estrutura econômica do futuro município de Casimiro de Abreu esteve baseada na agricultura. O isolamento físico associado à ausência de atividades agrícolas dinâmicas foi responsável pela pequena expansão do núcleo, que iniciou acentuado declínio a partir de 1888, com a libertação dos escravos.

O desajustamento da economia do município ocasionado pela Lei Áurea deu motivo a repetidos deslocamentos de sua sede entre Barra de São João, assolada por surtos de malária, e Indaiaçu (antiga denominação da sede de Casimiro de Abreu), sendo a mesma definitivamente fixada, em 1925, na última localidade, que passaria a se chamar em seguida Casimiro de Abreu, nome atribuído a todo o município em 1938.

Campos e Macaé, teve um progressivo desenvolvimento com a atividade da pesca, que foi o sustentáculo econômico da cidade até meados do século XX. Rio das Ostras constitui-se em núcleo recente, da década de 50.

A construção da Rodovia Amaral
Peixoto, a expansão turística da Região dos Lagos e a instalação da Petrobras foram de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento de Rio das Ostras, que viu sua população crescer, até chegar ao momento de sua emancipação político administrativa do município de Casimiro de Abreu, em 1992, dada pela Lei n.º 1.894, de 10 de abril daquele ano e instalação, em 1º de janeiro de 1993.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Rio de Janeiro_RJ



RIO DE JANEIRO
História & Cultura

A Cidade do Rio de Janeiro foi fundada em 1565 por Estácio de Sá, como núcleo fortificado para defender a baía de Guanabara, após a expulsão dos franceses. Algumas décadas depois, já assumia a função de porto exportador do açúcar do recôncavo fluminense. Tornou-se capital do país em 1763.

A vinda da família real, no século XIX, fortaleceu sua posição político-administrativa e de centro econômico. A introdução de bondes e trens, em 1870, possibilitou o desenvolvimento de outras freguesias e a expansão industrial acelerou o crescimento demográfico e urbano.

No início desse século, o Prefeito Pereira Passos realizou um programa de reforma urbana que transformou a cidade carioca com o construção da Avenida Rio Branco (antiga Avenida Central), e da Avenida Beira-Mar. A partir daí diversos projetos viários foram sendo realizados. Ainda, na primeira metade do século, vale citar a demolição do Morro do Castelo e a abertura de dois túneis de acesso à Copacabana.

Nos anos 50 e 60, foram destaque a demolição do Morro de Santo Antônio, o aterramento e urbanização do Parque do Flamengo, a abertura de dois túneis complementares em Copacabana, dos túneis Rebouças e Santa Bárbara, o primeiro trecho da avenida Perimetral, além da Rodoviária Novo Rio.

Apesar da mudança da capital para Brasília, em 1960, o Rio de Janeiro continuou sendo importante pólo turístico, cultural e comercial. Os investimentos públicos se intensificaram nas áreas mais ricas da cidade, acelerando o processo de especulação imobiliária. No final da década de 1960 e nos anos 1970, grandes obras foram realizadas: alargamento da praia de Copacabana, o elevado sobre a Avenida Paulo de Frontin, a primeira etapa da auto-estrada Lagoa-Barra, a Ponte Rio-Niterói e o Metrô. Foi inaugurada a Linha Vermelha, que liga a Ilha do Governador e o Aeroporto Internacional à São Cristovão e à zona sul, através do túnel Rebouças.

Com a fusão do Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro, em 1975, deixou de ser Cidade-Estado tornando-se, assim, município do Rio de Janeiro.

Carioca, palavra de origem tupi: kari´oka, casa de branco, de kara´i = branco e oka = casa.

Fonte: IBGE


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Paraty_RJ



PARATY – RJ
História & Cultura

O território do atual Município de Parati era ocupado, à época do descobrimento, pelo indígenas Guaianás, que se estendiam para o Norte até Angra dos Reis e para o Sul até o Rio Cananéia do Sul.

Desde princípios do século XVI, portugueses vindos da Capitania de São Vicente instalaram-se na região.

Com a descoberta do ouro nas "gerais", Parati tornou-se ponto obrigatório para os que vinham do Rio de Janeiro em demanda das minas, uma vez que esse era o único local em que a Serra do Mar podia ser transposta, através de uma antiga trilha dos Guaianás, pela Serra do Facão e o local em que hoje fica a Cidade de Cunha, em São Paulo, e atingindo o Vale do Paraíba, em Taubaté - depois em Pindamonhangaba e Guaratinguetá - e daí os sertões das "gerais".

Foi esse o caminho trilhado por Martim Correia de Sá, filho do governador Salvador de Sá, à frente de 700 portugueses e 2.000 índios Tamoios na região das minas.

Segundo a tradição, as primeiras sesmarias em terras de Parati foram concedidas pelo Capitão-Mor Joaquim Pimenta de Carvalho, em nome do Conde da Ilha do Príncipe, donatário da Capitania de São Vicente, a alguns moradores da Vila de Nossa Senhora da Conceição de Angra dos Reis da Ilha Grande, a cuja jurisdição pertenciam.

O primeiro núcleo organizado de povoamento surgiu num morro "distante 25 braças para o Norte do Rio Perequê-Açu", onde, em princípios do século XVII, foi São Roque. Posteriormente, seus moradores transferiram-se para local mais favorável e construíram, por volta de 1646, um templo sob o oratório de Nossa Senhora dos Remédios, em terreno doado por Maria Jácome de Melo.

Graças à sua situação de caminho único para o Vale do Paraíba e as Minas para quem vinha do Norte, a povoação prosperou rapidamente. Os paulistas do Vale desciam a Serra com os produtos de sua lavoura para negociá-los e ali adquirir os artigos de que necessitavam. Seu porto era muito freqüentado, fazendo-se grande comércio de café, arroz, milho, feijão, aguardente e farinha. Por ali escoava-se grande parte do ouro das Minas, tanto que uma Carta Régia de 9 de maio de 1703 nela criou um Registro de Ouro, extinguindo todos demais, salvo o de Santos.

Em 1660, um paratiense decidido, o Capitão Domingos Gonçalves de Abreu, levantando-se contra a Vila de Angras dos Reis da Ilha Grande, a cuja jurisdição estava sujeito o povoado, requereu diretamente ao Capitão-Mor da Capitania de São Vicente a sua elevação à categoria de Vila e, sem esperar resposta, erigiu às suas custas o pelourinho, símbolo de autonomia e autoridade. Durante sete anos a Câmara de Angra dos Reis lutou contra esse ato de rebeldia, mas uma Carta Régia de 28 de fevereiro de 1667 reconheceu a autonomia já de fato conquistada pelos "levantados" de Parati.

Criada em 1720 a capitania de São Paulo, desmembrada do Rio de Janeiro, a ela foi adjudicada a Vila de Parati. No entanto, como a administração da justiça continuasse a cargo do Ouvidor-Geral da capitania do Rio de Janeiro, que dela não abria mão, a Câmara da Vila, diante dos inconvenientes que surgiam dessa dualidade de jurisdição, solicitou sua anexação à última, o que foi concedida por Ordem Régia de 8 de janeiro de 1827.

Um paratiense, o Capitão Francisco do Amaral Gurgel, que partira às suas custas com um reforço de 500 homens e 80 escravos em defesa da Cidade do Rio de Janeiro, atacada pela esquadra francesa de Dugiay-Trouin, que a ocupara em 12 de setembro de 1711, negociou o resgate exigido pelos franceses para se retirarem: 610 mil cruzados, mil caixas de açúcar e 200 bois.

Depois da abertura, na segunda década do século XVIII, do "caminho novo" para as Minas Gerais, o qual partindo do Rio de Janeiro através da Serra dos Órgãos, Paraíba (do Sul) e Borda da Campo (Barbacena), encurtava para 15 dias a jornada para os sertões do ouro, Parati sofreu o primeiro declínio. Ainda assim, continuou importante porto de mar até fins do século XIX. As caravelas que vinham da Europa ali faziam escala quase obrigatória. Companhias líricas vinham da Europa representar no teatro de Parati, que também recebeu atores nacionais do vulto de João Caetano.

Continuavam a chegar imigrantes às suas terras férteis.

Por volta de 1863 ainda existiam 12 engenhos e 150 fábricas de aguardente. Com a abolição da escravatura, em 1888, e o êxodo dos trabalhadores rurais, verificou-se o colapso de sua economia, baseada na cultura da cana e do café. Em conseqüência do abandono das terras, vários cursos de água tiveram seus leitos obstruídos, ficando as várzeas férteis sujeitas a inundações.

A partir de 1954, com a abertura de uma estrada carroçável para Cunha, na direção do antigo caminho colonial da Serra, vem-se processando lentamente o soerguimento econômico do Município, tanto pela recuperação das lavouras, como pela afluência de turistas, vindos principalmente de São Paulo.

A precariedade do transporte marítimo, único meio de comunicação de Parati com os demais municípios fluminenses, provocou, no princípio da década de 1960, um movimento a favor de uma revisão administrativa que desmembrasse o Município do Estado do Rio de Janeiro e o fizesse voltar a integrar o território do Estado de São Paulo. A abertura da estrada para Angra dos Reis veio romper esse isolamento e permitir prever para breve novo surto de progresso para o Município.

Pela sua situação geográfica e riqueza de suas terras, Parati tem condições excepcionais para retomar o lugar de relevo que ostentou outrora no conjunto das localidades fluminenses.

Fonte: IBGE


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Rio Branco_AC



RIO BRANCO
Historia & Cultura

A região, hoje conhecida como Município de Rio Branco, tem origem quando da chegada, na região do Acre, do seringalista Neutel Maia, em fins de 1882, juntamente com sua família e trabalhadores, que trazia para a produção de borracha, e onde fundou seu primeiro seringal à margem direita do Rio Acre (onde hoje está localizada a árvore da gameleira), iniciando ali as construções de barracões e barracas; em terras antes ocupadas pelas tribos indígenas Aquiris, Canamaris e Maneteris - dando o nome de Seringal Volta da Empresa (onde hoje está localizado o chamado Segundo Distrito), por estar assentado onde o rio faz a curva. Em seguida, abriu outro seringal na margem esquerda do Rio Acre, onde hoje está instalado o Palácio do Governo do Acre, com o nome de Seringal Empresa.

A capital do Estado do Acre (o nome Acre origina-se de Áquiri, transcrita pelos exploradores desta região da palavra Uwakuru do dialeto dos índios Ipurinã), foi fundada em 28 de dezembro de 1882, pela Lei ou Resolução Provincial nº 1, de 05-11-1855, é criado o distrito de Torres do Rio Bonito e anexado ao município de Rio Verde.

Em 1904, após anexação definitiva do Acre ao Brasil, foi elevada à categoria de Vila, tornando-se sede do departamento do Alto Acre. Em 1909 passou a ser denominada Penapólis (em homenagem ao então Presidente Afonso Pena) e, em 1912 , Rio Branco, em homenagem ao Barão de Rio Branco, chanceler brasileiro cuja ação diplomática resultou no Tratado de Petrópolis. Em 1913 tornou-se município. Em 1920, capital do território do Acre e em 1962, capital do estado.

Rio Branco é o centro administrativo, econômico e cultural da região. É cortado pelo Rio Acre, que divide a cidade em duas partes denominadas Primeiro e Segundo distritos.

Anos depois, a mesma Gameleira seria testemunha dos combates travados entre revolucionários acreanos e tropas bolivianas durante o crítico período da Revolução Acreana que tornou o Acre parte do Brasil no início deste século.

Com o Tratado de Petrópolis e a criação do Território Federal do Acre, a agora chamada "Villa Rio Branco", firmou-se como o principal centro urbano de todo o vale do Acre, o mais rico e produtivo do território. Tanto assim, que a partir de 1920, a cidade de Rio Branco assumiu a condição de capital do Território e depois do Estado.

Durante todos esses acontecimentos, a rua surgida da Gameleira, na margem direita do Rio Acre, era o centro da vida comercial e urbana dessa parte da Amazônia. Ali se situavam os bares, cafés e cassinos que movimentavam a vida noturna da cidade, ali se encontravam os principais representantes comerciais das casas aviadoras nacionais e estrangeiras que movimentavam milhares de contos de réis naquela época de riqueza e fausto. Ali moravam as principais famílias da elite urbana composta por profissionais liberais e pelo funcionalismo público.

Com o passar do tempo a administração política do Território foi sendo transferida para a margem esquerda do Rio Acre, com terras mais altas e não inundáveis. Ainda assim as ruas que integravam o centro da cidade formada pelas ruas Cunha Matos, 17 de novembro e 24 de janeiro permaneciam sendo a principal área comercial da cidade, paulatinamente dominada pelos imigrantes sirio-libaneses, a ponto de em meados da década de 1930 ser também conhecida como "Bairro Beirute".

Porém, a partir da década de 50, teve início um pronunciado processo de decadência econômica da histórica margem direita de Rio Branco, que passou a ser chamado de 2º Distrito. Isso resultou da transferência de boa parte de suas principais casas comerciais para o 1º Distrito da cidade, na margem esquerda do Rio Acre, onde já estavam instaladas as principais repartições publicas e as residências das mais importantes famílias do território.

Depois de terminada a Revolução Acreana, após a assinatura do Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, Cunha Matos, a mando do governo federal, chegou ao Acre em 18 de agosto de 1904, para governar, como prefeito, o Departamento do Alto Acre até 1905.

Cunha Matos escolheu para instalar a sede de sua prefeitura, de forma provisória, a localidade povoada do seringal Volta da Empresa, à margem direita do Rio Acre, no dia 19 de agosto de 1904, passando o local a ser chamado de Vila Rio Branco no dia 22 de agosto de 1904, onde hoje está localizado o Segundo Distrito da cidade de Rio Branco.

Em 13 de junho de 1909, o então prefeito do Departamento do Alto Palácio Rio Branco, sede do governo, Coronel Gabino Besouro, mudou a sede da prefeitura para a margem esquerda do Rio Acre.

Fonte: IBGE