quinta-feira, 16 de junho de 2011

Torres_RS


TORRES – RS
História & Cultura

O Município de Torres possui este nome devido à existência de três grandes rochedos de origem vulcânica, formados por rochas basálticas, do período Jurássico/Cretácio (Era dos Dinossauros), com aproximadamente 140 milhões de anos, que afloram à beira-mar, um aspecto único do Litoral Brasileiro. São as seguintes as torres: Torre do Norte (Morro do Farol); Torre do Centro (Morro das Furnas) e Torre do Sul (onde está a Praia da Guarita).

Torres é um dos núcleos mais antigos do Estado. Era utilizado pelos índios carijós de Santa Catarina e Arachanes, do Rio Grande do Sul, que em seu comércio de trocas usavam uma picada, costeando os banhados dos sopés internos das Torres, começando na Praia Grande e indo até a de Itapeva.

Os índios Carijós, de Santa Catarina, e Arachanes do Rio Grande do Sul, que viviam da caça e da pesca e se dedicavam a uma agricultura rudimentar. Em seu comércio de trocas usavam uma picada, costeando os banhados dos sopés internos, começando na Praia Grande e indo até a Itapeva. Em 1500, estas trilhas, abertas em meio a matagais começaram a ser usadas também por paulistas, compradores de índios, que os levavam a São Paulo como escravos. Entre os anos de 1600 a 1640, estima-se que viviam, no Sul do Brasil, cerca de quinhentos mil índios, que aos poucos foram desaparecendo por causa da escravidão, lutas tribais e doenças introduzidas pelo contato com o branco. Estes caminhos transformaram-se no principal elo entre o resto do Brasil e os núcleos avançados do povoamento português, na Colônia do Sacramento (1679) e no Presídio de Rio Grande (1737).

Assim, Torres assumiu a importante função de controlar a estratégica passagem, na qual foi instalado um posto fiscal que logo se transformou em Guarita Militar da Itapeva e Torres (entre 1774 e 1776). Colonos e açorianos, vindos do Desterro (atual Florianópolis) e de Laguna, começaram a instalar-se na região.

Os alemães chegaram em 1826 e foram separados, pelo comandante da fortaleza, conforme a religião que professavam: os protestantes formaram a colônia de Três Forquilhas. Os católicos, por sua vez, foram inicialmente para a estrada de Mampituba, depois junto ao Rio Verde e, finalmente, entre as lagoas do Forno e Jacaré, construindo a colônia de São Pedro de Alcântara. Por volta de 1830, famílias de origem italiana, vindas de Caxias do Sul, fixaram moradia no distrito de Morro Azul.

Dentre as personalidades que deram forte impulso ao desenvolvimento de Torres, destaca-se quem lançou a "indústria turística", que dominou o cenário econômico local, da primeira até a segunda grande guerra: José Antônio Picoral. Filho da colônia São Pedro de Alcântara, tornou-se próspero comerciante em Porto Alegre/RS, mantendo, porém, vínculo com a terra de origem. Depois de um frustrante veraneio em Tramandaí, Picoral decidiu transformar Torres, em uma moderna Estação Balneária e, em 1915, após entendimentos com João Pacheco de Freitas, Luiz André Maggi, Carlos Voges e outros torrenses, instalou seu Balneário Picoral, marco histórico da introdução do turismo em Torres/RS.

Em 1836, devido a Revolução Farroupilha, iniciada em 1835, Torres sentiu as dificuldades da guerra civil, que a deixou no mais completo abandono, prejudicando e recuando o desenvolvimento. No ano seguinte, através da Lei de 20 de dezembro de 1837, seria criada a Freguesia de São Domingos das Torres, 28ª da Província. O desenvolvimento da Freguesia deu-lhe o privilégio de ser elevada a categoria de Vila e Município, o que ocorreu em 21 de maio de 1878 pela Lei Provincial n.º 1152, dando-se a sua instalação a 22 de fevereiro de 1879.

A rua Júlio de Castilhos foi a primeira de Torres e suas origens datam de antes da descoberta do Brasil. No começo foi trilha dos índios, talhada nos matos que se estendiam no sopé do morro, ao longo do banhado que rodeava a Lagoa do Violão. Aos indígenas tornou-se essencial a abertura dessa picada, para possibilitar a comunicação entre as praias que vinham no norte (o litoral dos Carijós) e as praias que levavam ao sul (a região dos Arachanes). A linha hoje ocupada pela rua Júlio de Castilhos representava o traçado mais lógico para unir o Norte ao Sul.

Torres têm ainda, um pouco da história "viva". Assim poderiam ser consideradas as casas antigas da Rua Júlio de Castilhos, umas dezenas escassas, representativas da vida inicial da localidade. Formam um conjunto arquitetônico dos mais típicos, em estilo colonial açoriano, que até por motivos estéticos e turísticos, deveria ser preservado. Trata-se de um casario todo construído no século passado, de pedras extraídas do Morro do Farol, rejuntadas com barro e cal de sambaquis e madeiramento de lei, extraído das matas que então existiam na Praia da Cal e ao redor da Lagoa do Violão.

Este estabelecimento militar erguido em março de 1777, ocupou a plataforma baixa do Morro do Farol, aproximadamente onde agora está a Escola Cenecista Prof. Durban Ferraz Ferreira ou ligeiramente atrás. Esteve guarnecido poucos meses por tropas do Regimento de Santos e foi desocupado ao saber-se do armistício que garantia a retirada dos Castelhanos que haviam invadido a Ilha de Santa Catarina, no começo daquele ano. O Forte São Diogo desmanchou-se com o tempo não deixando sinais. A maioria dos torrenses e veranistas nem imaginam que ali existiu um Forte, antes de nascer a cidade.








sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bonito_MS - Pontos Turísticos


BONITO – MS

Atrações Turísticas
A região surpreende pelos seus rios de águas cristalinas, grutas e quedas de água que atraiem turistas do mundo inteiro. As atividades praticadas podem ser as mais diversas, como: mergulho, veredas, observação da fauna e da flora, cavalgadas, arvorismo, rappel, flutuação, entre outras. Modelo de organização e de sustentabilidade turística, Bonito adotou uma política que visa preservar o meio ambiente. Os visitantes só podem conhecer os seus atrativos naturais acompanhados por guias registados. Para evitar impactos negativos à Natureza, estabeleceu-se um número máximo diário de turistas que podem visitar cada ponto de atração. Os atrativos duram, geralmente, entre meio-dia e um dia inteiro e em fazendas onde os turistas podem também degustar a gastronomia regional.

■ Pontos Turísticos
Balneário Municipal
As águas cristalinas do Rio Formoso permitem uma visão nítida de peixes de cores e tamanhos variados. Dispõe de sanitários, quadra de vôlei de areia, lanchonetes e sorveteria. Observação: Não é necessário acompanhamento de guia de turismo local.

Balneário do Sol
Localizado às margens do Rio Formoso, oferece a possibilidade de nadar na piscina naturais ou no próprio rio, entre as piraputangas, curimbas e dourados, com lindas cachoeiras fazendo parte do cenário.

Praia da Figueira
Uma antiga área de extração de calcário deu origem a uma lagoa de água corrente e uma extensa praia com coqueiros e areia branca. O lugar perfeito para você descansar e se divertir nadando, mergulhando e saboreando deliciosos aperitivos, servidos nos quiosques que existem na praia. Uma lagoa cristalina de água corrente, com mais de 60.000m2 de águas cristalinas.

Cachoeiras do Rio do Peixe
Localizado na Fazenda Água Viva, ali se constitui um dos mais belos e paradisíacos cenários naturais da região. Rios de águas límpidas, cachoeiras ornamentais, inúmeras piscinas naturais, uma fauna atraente com macacos, araras, tucanos, entre outros.

Estância Mimosa Ecoturismo
Aventure-se pela floresta do Rio Mimoso em meio a árvores centenárias e animais silvestres. São várias cachoeiras lhe convidando para se refrescar em suas piscinas naturais. Há também plataforma de salto, pequenas grutas, passarelas suspensas e trecho percorrido em barco a remo. Ao longo da trilha, você passará por diversos mirantes com visões panorâmicas da Serra da Bodoquena. Os grupos têm tamanho limitado e são sempre acompanhados por um guia especializado em atrativos naturais.

Boca da Onça
O passeio é composto de uma caminhada por trilha pela mata preservada, passando por cachoeiras cristalinas, pelo cênico Rio Salobra, por pontos de banhos em piscinas naturais e pela mais alta cachoeira do Estado: a Cachoeira Boca da Onça, com 156 metros de altura. Para os praticantes e apreciadores radicais, o rappel de 90 metros de altura é pura aventura. Uma plataforma de 34 metros de comprimento projeta-se no abismo proporcionando uma descida repleta de adrenalina pelo paredão com inúmeras grutas e um magnífico visual sobre o canyon do Rio Salobra

Ecoturismo & Natureza
Parque Nacional da Serra da Bodoquena
Protege cerca de 77.232,00 (ha), essa região colonizada há mais de um século, esta Serra se manteve na sua maioria bem conservada. Recomendações para criar o Parque surgiram desde a década de 80 e foi definida como área prioritária para a conservação da Biodiversidade do cerrado e pantanal.