quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ilha de Paquetá_RJ


ILHA DE PAQUETÁ
História & Cultura

O nome Paquetá significa muitas pacas na lingua indígena “nheengatu” . Esta era a língua falada pelos índios Tupis na Baía de Guanabara por ocasião da chegada dos portugueses ao Rio de Janeiro. Há referências da existência de pacas em grande quantidade na ilha de acordo com o relato dos navegadores da época, confirmando o acerto do nome.

Paquetá foi ocupada pelos índios Tamoios até o final do século XV. O viajante francês André Thevet registrou a descoberta da ilha em dezembro de 1555. O Rei Henrique II da França reconheceu a ilha em 1556.

Durante a invasão francesa os índios Tamoios, seus aliados, foram um foco de resistência em oposição aos colonizadores portugueses. Araribóia, líder dos índios Temininós, apoiava a facção portuguesa. Os portugueses acabaram por derrotar e expulsar os invasores franceses, ocasião em que os índios Tamoios foram derrotados e quase exterminados.

Os portugueses dividiram então a ilha em duas sesmarias. Fernão Valdez ficou com a parte denominada Ponte e Inácio de Bulhões, outro português, ficou com a área denominada de Campo. Ainda hoje esta divisão continua existindo provocando rivalidades durante os eventos festivos na ilha, brincadeiras e blocos carnavalescos e mesmo em jogos de futebol.

Paquetá durante os períodos colonial e imperial fornecia produtos de horticultura para a corte além de fornecer também madeira e pedras para construção. Sua população era formada por membros da nobreza, senhores de terra e escravos. Paquetá se tornou, já no final do século XIX, uma atração turística com a publicação do livro “A Moreninha” que atraiu, desde então, visitantes para apreciar suas bucólicas atrações.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Manaus_AM


Manaus
Historia & Cultura

O topônimo Manaus originou-se do nome de uma tribo indígena que primitivamente dominava o vale do Rio Negro, à qual pertenceu o legendário guerreiro Ajuricaba.

A história do devassamento das terras que atualmente compõem o Município de Manaus constitui, ainda hoje, motivo de dúvidas e controvérsias entre os estudiosos do assunto. Segundo uns, a glória desse empreendimento caberia a Pedro Teixeira, sertanista que pervagou o Amazonas na primeira metade do século XVII, iniciando sua jornada no porto de Cametá a 28 de outubro de 1637; outros, entretanto, apontam como autor desse feito seu lugar-tenente Pedro da Costa Favela (ou Favilla).

O certo é que a primeira notícia fidedigna relativa à história dessa comuna está ligada ao ensaio de colonização e povoamento da região, levado a termo na segunda metade do século XVII.

A 22 de junho de 1657, o cabo Bento Maciel Parente, no comando de uma "tropa de resgate", partiu de São Luís do Maranhão, logrando atingir, meses depois, as margens da boca do Tarumã, em plena selva amazônica. Rezam as crônicas que, à partida dessa bandeira, pregou o Padre Antônio Vieira, o grande orador sacro. Em 1658, a tropa expedicionária de Bento Maciel abandonou a novel povoação e tomou o rumo do Pará, sendo depois dizimada nas lutas com os aborígenes.

A 15 de agosto daquele mesmo ano, segunda "tropa de resgate" partiu do Maranhão, fixando-se as margens do Tarumã, no mesmo local em que Bento Maciel se detivera. A expulsão dos jesuítas, animadores e pioneiros desses empreendimentos, em 1661, traria como reflexo o fracasso do plano de colonização, anos mais tarde retomado. Quando os holandeses e os espanhóis começaram a espraiar-se pelo extremo norte do País, a Coroa portuguesa se alarmou e passou a ditar providências.

Em 1669, a instâncias de Pedro da Costa Favela, o governador Coelho de Carvalho ordenou a ereção de uma fortaleza que resguardasse a região limítrofe do rio Negro. Foi assim que surgiu a legendária "Fortaleza de São José do Rio Negro", construída numa elevação, a três léguas da foz do rio.

A princípio, os índios não davam descanso aos conquistadores; todavia, graças ao auxílio dos religiosos carmelitas, grande arraial se foi pouco a pouco formando em volta do reduto fortificado. Famílias inteiras das tribos dos Baré, Passe e Baniua, vindas do Japurá e Içana, ali se instalaram, dando início a grande miscigenação que, em breve, iria determinar, na povoação da Barra, o aparecimento de nova geração constituída de mamelucos e caribocas. Já em 1774 o arraial contava 220 pessoas, incluídos nesse total "o vigário, o diretor e dez mulheres maiores de noventa anos".

Em 1783, por ordem do general João Pereira Caldas, e em razão de seu estado precário, foi a velha fortaleza desarmada, perdendo a povoação as últimas aparências bélicas que lhe restavam. Lobo D'Almada, terceiro Governador da Capitania de São José do Rio Negro, instalada a 10 de maio de 1758, ao transferir, no ano de 1791, a sede da Capitania para o lugar da Barra, iria habitar as dependências da antiga "Casa Forte do Rio Negro".

Com a queda política de Lobo D'Almada, a povoação da Barra entrou em franco declínio, que culminou com o retorno da Capital para Barcelos, em maio de 1799, pôr força de Carta Régia datada de 22 de agosto do ano anterior. Só em 29 de março de 1808, graças ao então governador da Capitania, Capitão-de-mar-e-guerra José Joaquim Vitório da Costa, o lugar da Barra voltaria a ter as honras de Capital.

No entanto, um fato curioso se passava no âmbito político da localidade. Só muito tardiamente exerceu ela sua autonomia, dependendo primeiro da vila de Moura, depois da de Barcelos e, já na qualidade de Capital, da de Serpa. Essa anomalia motivou as várias tentativas revolucionárias levadas a efeito pelos habitantes do antigo lugar da Barra, que visavam à emancipação da localidade, o que só conseguiram em 1833, época em que a povoação foi elevada à categoria de cabeça de comarca, com a predicação de vila, recebendo então o nome de Manaus.

Em 24 de outubro de 1848, por força da Lei nº 147, votada pela Assembléia Provincial do Pará, a localidade teve o seu topônimo alterado para "Barra do Rio Negro", antecedido pelo título de cidade, que o mesmo Decreto lhe outorgou.

Em 1850, como resultado das grandes agitações internas que se haviam verificado no território amazonense, foi aprovado pela Câmara o projeto de criação da Província do Amazonas, sancionado por D. Pedro II em 5 de setembro do mesmo ano, recebendo a Lei o número 592.

O primeiro Governador da Província seria justamente aquele que mais pugnara pela sua emancipação, João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, que, nomeado em 7 de julho de 1851, chegou à cidade da Barra do Rio Negro a 27 de dezembro, instalando oficialmente a nova unidade provincial a 1º de janeiro do ano seguinte.

A 4 de setembro de 1856, a localidade de "Barra do Rio Negro" trocou definitivamente essa designação pela de "Cidade de Manaus", em virtude da Lei nº 68, promulgada pela Assembléia Provincial.

Fonte: IBGE

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Maceio_AL


Maceió_AL
Historia & Cultura

O povoado que deu origem ao Município de Maceió surgiu num engenho de açúcar. Antes de sua fundação , em 1609, morava em Pajussara, Manoel Antônio Duro que havia recebido uma sesmaria de Diogo Soares, alcaide-mor de Santa Maria Madalena. As terras foram transferidas depois para outros donos e em 1673 o rei de Portugal determinou ao Visconde de Barbacena que construísse um forte no Porto de Jaraguá para evitar o comércio ilegal do pau-brasil.

O nome Maceió tem denominação tupi "Maçayó" ou "Maçaio-k" que siginifica "o que tapa o alagadiço".

O povoado tinha uma capelinha em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres construída onde hoje está a igreja matriz, na Praça Dom Pedro II . O desenvolvimento do povoado foi impulsionado pelo porto de Jaraguá sendo desmembrado da Vila das Alagoas em 5 de dezembro de 1815, quando D. João VI assinou o alvará régio.

Com a emancipação política de Alagoas , em 1817 , o governador da nova Capitania , Sebastião de Mélo e Póvoas iniciou o processo de transferência da capital para Maceió, um processo tumultuado que encontrou resistência de homens públicos e da Câmara Municipal.

Expedições militares de Pernambuco e da Bahia chegaram a Maceió para garantir a ordem, e no dia 16 de dezembro de 1839 foi instalada a sede do governo em Maceió. A partir daí, Maceió consolidou seu desenvolvimento administrativo e político. Teve início uma nova fase no comércio e começou a industrialização.

As principais atrações da cidade são suas praias, destacando a piscina natural de Pajuçara, a Lagoa de Mundaú, os mirantes e os núcleos artesanais, onde se destaca o bairro do Pontal da Barra. Além das festas tradicionais, a cidade comemora a festa de sua padroeira Nossa Senhora dos Prazeres em 27 de agosto, o aniversário de Maceió, de 5 a 9 de dezembro, e o Maceió Fest, carnaval fora de época, no mês de dezembro.

Fonte: IBGE

terça-feira, 20 de abril de 2010

Brasília_DF


BRASÍLIA – DF

Brasília é uma cidade totalmente construída com idéias modernistas. O valor do seu plano urbanístico e de seus monumentos faz com que Brasília seja um marco mundial da arquitetura e urbanismo modernos. Assim, a Capital do Brasil foi o primeiro núcleo urbano, construído no século XX, considerado digno de ser incluído na lista de bens de valor universal, recebendo o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, em 1987, pela UNESCO.

Para compor o plano urbanístico, Oscar Niemeyer projetou monumentos marcantes, considerados o melhor da expressão arquitetônica moderna brasileira. O grande diferencial desses monumentos e de outros espaços de Brasília é a integração da arte à arquitetura. Com isso, vários artistas de renome participaram da construção da capital, transformando-a em palco de experimentação das artes.

Todo esse diferencial urbanístico, arquitetônico e artístico faz com que Brasília seja uma cidade muito especial, diferente de qualquer outra já vista no mundo.

Créditos: SETUR/DF e Pref. Mun. de Brasília


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Espiríto Santo_Vitória



O Espírito Santo é o seu Destino

A costa do Espírito Santo, estrategicamente situada entre dois dos maiores pólos turísticos do país, tem uma extensão de 436 km, desde Itaúnas, próximo à divisa com a Bahia, até Marataízes, antes da fronteira com o estado do Rio de Janeiro.

A Baía de Vitória abriga um arquipélago de 33 ilhas, dentre as quais a maior delas, também conhecida como "Ilha do Mel", é a capital do Espírito Santo. Fundada em 1551, Vitória guarda muitas construções coloniais, casas, fortes e igrejas, sendo que a praia mais freqüentada é a de Camburi.

Vila Velha, fundada ainda antes, em 1535, é uma das cidades mais antigas do país. Ligada à capital por várias pontes, tem como principal atração histórica o Convento de Nossa Senhora da Penha, e é onde ficam as melhores opções de balneário da região.

No Litoral Norte do Espírito Santo, Itaúnas é remanescente de uma antiga vila de pescadores soterrada nos anos 60 por enormes dunas. Após ter o povoado totalmente coberto pela areia, os moradores foram se estabelecer na margem oposta do Rio Itaúnas.

Hoje em dia, um Parque Estadual de mais de 3600 hectares, com o mesmo nome do vilarejo, defende o delicado ecossistema local, cujas dunas chegam a trinta metros de altura, de novos desastres ambientais. No local existem praias de grande beleza e rusticidade. Conceição da Barra, além de servir de apoio para quem visita Itaúnas, tem também bonitas praias.

São Mateus, que ainda preserva algumas construções do período colonial, fica a 13 km do agitado balneário de Guriri, ilha formada entre os rios Mariricu e Cricaré. Linhares, Santa Cruz, Nova Almeida e Jacaraípe possuem algumas belas praias. Domingos Martins é uma cidade serrana, que por estar a apenas 50 km da costa capixaba, funciona como uma boa opção de hospedagem e lazer.

Guarapari tem os melhores pontos de mergulho de toda a orla marítima do Espírito Santo. Anchieta, Iriri, Piúma e Marataízes, no litoral sul, têm dezenas de praias de variada beleza.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mariana_MG


Mariana_MG
Historia & Cultura

Explorando a região já anteriormente percorrida por outros expedicionários não menos audazes, bandeirantes paulistas chefiados pelo coronel Salvador Fernandes Furtado acamparam, em 16 de julho de 1696, dia da Virgem do Carmo, na margem de um pequeno rio onde o ouro aflorava abundante e a que foi dado o nome de ribeirão do Carmo. Fincado o marco da conquista em colina próxima, o capelão da bandeira, padre Francisco Gonçalves Lopes, rezou, no dia seguinte, em altar improvisado, a primeira missa.

Iniciou-se o povoamento, dando origem ao arraial de Cima do ribeirão do Carmo, onde, em 1701, Salvador Fernandes Furtado fêz construir uma capela. O modesto arraial adensava-se dia a dia, atraindo considerável multidão dos mais recuados pontos do País e da Metrópole.

A essa altura, já estavam praticamente localizadas as mais importantes jazidas auríferas de Minas, desenvolvendo-se o ciclo que durou por mais de um século e em cujo período floresceram numerosas localidades mineiras.

Os episódios da Guerra dos Emboabas levaram a Metrópole a desmembrar do Rio de Janeiro a capitania constituída por São Paulo e Minas Gerais, a fim de melhor policiar a região, enviando para o povoado, em 1709, o governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, que ali fixou residência, conseguindo, em pouco tempo, serenar os espíritos e estabelecer a ordem.

Em 1711, sendo já considerável o desenvolvimento do arraial, um ato do citado governador, de 8 de abril, elevou-o à categoria de vila, sob a denominação de vila de Albuquerque, nome que seria modificado, quando de sua confirmação por dom João V, em 14 de abril de 1712, para vila do Ribeirão do Carmo.

A vila, em pouco tempo, transformou-se em principal centro de comércio e instrução de Minas Gerais. O sucessor de Albuquerque, dom Brás Baltazar, encontrou várias dificuldades em solucionar a cobrança do quinto por bateia utilizada na exploração do ouro. Temendo uma guerra civil, comunicou­-se com o governo metropolitano, que ordenou fosse o imposto cobrado sobre o montante do metal extraído e sobre as indústrias e profissões. Essa providência acalmou momentaneamente os ânimos.

Retirando-se dom Baltazar e tendo assumido o governo dom Pedro de Almeida Portugal, conde de Assumar, rompeu-se o equilíbrio penosamente mantido pelos seus antecessores, lavrando nos espíritos o incêndio da revolta. Até meados de 1720. A vila viveu dias agitados, culminando o mal-estar reinante no motim chefiado por Filipe dos Santos, sobre o qual recaiu implacável a justiça do governador. Como decorrência desse acontecimento foi criada, a 2 de dezembro do mesmo ano. a capitania independente de Minas Gerais.

Depois do conde de Assumar, os governadores passaram a residir em Vila Rica, onde, por volta de 1740, estava sendo construído o palácio do governo.

A partir de 1743, a expansão da localidade a pedido do governo português, subordinou-se à planta elaborada pelo sargento Alpoim.

Formação Administrativa
A Carta Régia de 23 de abril de 1745, expedida por dom João V, elevou a vila à categoria de cidade, com o nome de Mariana, em homenagem à rainha dona Maria Ana d'Áustria. Mariana foi a primeira vila de Minas Gerais e a primeira localidade da capitania a receber foros de cidade.

Em 6 de dezembro de 1745, foi criado o bispado, mediante bula do papa Bento XIV, sendo seu primeiro titular frei Manuel da Cruz, a quem se devem a conclusão da Sé, a fundação do seminário e o lançamento da pedra fundamental da igreja de São Francisco. O bispado, por onde passaram 10 titulares, foi elevado a arcebispado em 1906, com a posse de dom Silvério Gomes Pimenta.

Mariana ficou conhecida, através do tempo, como cidade dos bispos, distinção a que se acrescenta o fato de ser tradicionalmente o centro por excelência do comércio entre o norte e o sul de Minas, famoso pelas suas minas de ouro, cuja produção ainda hoje apresenta grande importância.

A comarca de Rio Piranga, criada pela Lei n.º 1.740, de 8 de outubro de 1870, passou a denominar-se, em face do disposto no Decreto n.º 7, de 8 de janeiro de 1890, comarca de Mariana. Atualmente, consoante a Lei estadual n.º 1.039, de 12 de dezembro de 1953, para vigorar no qüinqüênio 1954/1958, o Município de Mariana é têrmo judiciário único da comarca do mesmo nome.

Em 6 de julho de 1945, a cidade foi tornada monumento nacional.

De acordo com a divisão administrativa do País, vigente em 1.º de janeiro de 1958, o Município é composto de 12 distritos: Mariana, Acaiaca, Bandeirantes, Cachoeira do Brumado, Camargos, Cláudio Manuel, Diogo de Vasconcelos, Furquim, Monsenhor Horta, Padre Viegas, Passagem de Mariana e Santa Rita Durã.

Atualmente Acaiaca e Diogo de Vasconcelos não mais são distritos de Mariana; foram emancipados.
Atualmente a comarca de Mariana é de 2ª Entrância.
Fonte: IBGE

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Holambra_SP


HOLAMBRA – SP
História & Cultura
Créditos: Gov. do Estado de São Paulo

Com a devastação provocada pela Segunda Guerra Mundial em toda a Europa, os holandeses viram poucas perspectivas de futuro em seu País, pois teriam que praticamente reconstruí-lo. O governo holandês incentivou então a imigração principalmente para o Canadá, Austrália, França e Brasil. O Brasil seria o único País a aceitar imigração de grandes grupos, sendo estes católicos. A Associação dos Lavradores e Horticultores Católicos da Holanda (Katholieke Nederlandse Boer en Tuinders Bonde – KNBTB) enviou para o Brasil uma comissão para viabilizar o projeto de imigração e firmar um acordo junto ao governo brasileiro.

As autoridades governamentais na época eramJuliana van Orange, Rainha Regente nos Países Baixos; General Eurico Gaspar Dutra, Presidente do Brasil; Klein Molekamp, embaixador de Sua Majestade a Rainha da Holanda no Brasil; e Dr. Adhemar de Barros, Governador do estado de São Paulo.

Em 15 de junho de 1948 o ministro para assuntos de colonização, senhor Jorge Latour, fechou acordo com o diretor do frigorífico Armour em Chigago, acertando a compra de 5000 hectares, na fazenda Ribeirão, para assentamento de camponeses holandeses.

Em 14 de julho de 1948, o líder e idealizador do projeto de imigração, o Senhor J. Gerrt Heymeyer, oficializou as atividades de exploração e colonização fincando uma pá simbólica no chão, dizendo a seguinte oração; "Deus, abençoe o nosso trabalho". Formou-se a Cooperativa Agro Pecuária Holambra, cujo nome originou das iniciais HOLanda, AMérica, BRAsil.

Sem permitir que saísse da capital do País, já que a Holanda se reestruturava pós guerra, os imigrantes depositavam seus valores na conta da Cooperativa para uso conjunto de seus associados. O governo holandês enviaria gado, máquinas e outros materiais necessários. Para os imigrantes seriam encontrados tempos difíceis, matas densas de vegetação nativa tipo cerrado fechado, para desmatar.

Nos primeiros meses de colonização foram enviados para o Brasil, primeiramente um grupo de solteiros, para a preparação de chegada das famílias. Era necessária o melhoramento das casas que já haviam, casas estas de pau a pique onde o piso de chão batido foi substituído por cimento e as paredes pintadas com cal. Diziam as senhoras que as crianças nascidas nestas casas, já eram batizadas ao nascer, pois quando chovia, chovia mais dentro do que fora. E antes de irem dormir era necessário dar uma varridinha no chão, para certificar de que nenhuma cobra se encontrava dentro de casa. A construção de casas de alvenaria em série não demorou, formando assim as primeiras vielas.

A viagem de imigração era feito em navios de carga, com limitação de espaços para os passageiros, onde as pessoas ficavam comprimidas umas às outras, de forma que havia pouca privacidade. O número variava entre 60 imigrantes de cada vez. Foi assim que se estabeleceram os primeiros contatos entre os imigrantes, já que nas três semanas de travessia tinham poucas ocupações. A ajuda mútua era necessário nos momentos difíceis, muitos sofriam de enjôo, estavam enfraquecidos, sentiam fome, depois da primeira semana a alimentação era precária quando não, estragada.

Após a chegada ao primeiro porto brasileiro, em Recife, o primeiro contato com a nova terra, os holandeses ficaram impressionados com a paisagem, tipo físico das pessoas, frutas e legumes vistos no mercado, mas se conscientizaram que a língua e o clima seriam grandes obstáculos em sua adaptação. Do porto de Santos até Campinas, o trajeto era feito de trem, duas locomotivas para puxar alguns vagões, o que deixava espanto nos imigrantes: Porque duas locomotivas? A resposta vinha logo na serra, assustador mas maravilhoso, uma vez que a paisagem na Holanda é toda plana. De Campinas para a Holambra, o trajeto de 40 km era feito de ônibus ou caminhão, por estradas escorregadias e cheia de buracos.

O trabalho mútuo em comunidade, ajudou a formar os primeiros sítios e as primeiras plantações. O trabalho era muito pesado devido ao clima e nem sempre a capacidade física dos imigrantes era levada em consideração pelas lideranças, que aliás eram pouco experientes. Mas as primeiras colheitas se viram prejudicadas pelas chuvas e aparecimento de ervas daninhas.

O gado holandês puro de origem deveria servir de base para montar uma fábrica de laticínios, mas devido a longa viagem, a vacinação recebida em São Paulo, a febre aftosa e outras doenças, este projeto não foi bem sucedido. Com as dificuldades encontradas, muitos imigrantes desistiram retornado para a Holanda ou tentando a sorte mais ao sul do Brasil, como em Monte Alegre, Castrolanda, Arapoti e Carambeí no Paraná e Não-Me-Toque no Rio grande do Sul.

Para os que persistiram na colonização de Holambra, o trabalho conjunto com colonos brasileiros, foi fundamental. Mesmo com a dificuldade da língua, usando a comunicação de sinais, a troca de experiências ajudou no plantio de culturas que acabaram dando certo. Para os brasileiros foi necessário colocarem apelidos nos holandeses, pois os nomes estranhos e complicados não conseguiam pronunciar, como por exemplo: ‘Espírito Santo’, Calça Curta, João Choque, Cabeça Chata entre outros. A Holanda mandou alguns especialistas em diversas áreas dando assistência aos imigrantes na condução das culturas. Foram todos orientados para a policultura, ou seja, ter mais de uma atividade agrícola, possibilitando colheitas alternativas.

O cultivo de flores iniciou se timidamente no ano de 1951, com a produção de gladíolos (palma de santa rita), más foi entre 1958 e 1965 que a cultura se expandiu. Em 1972 criou-se o departamento de floricultura, dentro da cooperativa para a venda de grande variedades de flores e plantas ornamentais. Anos depois foi implantado o ‘Veiling’, sistema de leilão.

A vida comunitária teve seus improvisos. Um barracão onde funcionava a marcenaria cedia espaço para noites dançantes, ao som de discos trazidos da Holanda ou ao vivo por harmônicas e gaitas tocados por imigrantes. Nestes bailes, nos sábados a noite, holandeses e brasileiros dançavam juntos mesmo com dificuldades de idioma. As atividades esportivas também eram valorizadas como forma de entrozamento. Aos domingos todos se encontravam ao pé da cachoeira, para se refrescar. Depois, por motivo de perigo de acidentes na cachoeira, foi construído um grande lago artificial, transformando o em ‘Mini Praia’, local para esporte aquático, aulas de natação, lazer e confraternização. A prática de futebol iniciou se em campos de chão batido, passando também a jogos de vôlei. Em 1960, na comemoração dos doze anos e meio de Holambra, fundou se um clube, com campos gramados e quadras.

Para jovens e crianças foram formadas vários grupos de escotismo, seus líderes todos voluntários. Uma escola de economia doméstica ensinava a arte de costurar, bordar, cozinhar, pintar entre outras.

Na área da saúde, durante muitos anos desde a sua fundação, Holambra pôde contar com a colaboração voluntária de um médico brasileiro, chamado Dr.Arlindo, tornando-se rapidamente um ‘médico amigo’ e um ‘amigo médico’, pois era com ele que a maioria dos imigrantes confidenciavam seus males e principalmente suas saudades da terra natal. Os partos nos primeiros anos eram feitas nas próprias residências, por enfermeiras parteiras, que faziam suas visitas em charretes ou mesmo a cavalo.

As atividades religiosas foram nos primeiros meses sediadas num pequeno espaço, na casa sede da fazenda Ribeirão. Em janeiro de 1949 este local já se tornou pegueno devido ao grande número de fiéis, que aumentava mês a mês. Passando assim por várias reformas, nunca conseguindo acompanhar o crescimento da comunidade cristã. As missas especiais como a da festa da colheita, Páscoa, Natal, teatros e outros encontros religiosos, onde o número de pessoas era muito grande, realizavam-se embaixo de uma enorme "Paineira". Para abrigar a todos os fiéis, holandeses e brasileiros, resolveram então construir uma nova, grande e definitiva igreja. Esta foi inaugurada em 1966. Até 1980, Holambra enterrava seus mortos em Jaguariúna e passou a ter cemitério próprio em frente a igreja.

A integração holandeses e brasileiros se deu logo no início, em festas e bailes, ou na prática de esportes. No entanto, o primeiro casamento ocorreu em 1956 entre homem holandês e mulher brasileira. Nos anos seguintes mais holandeses se casaram com brasileiras, más até 1970 o número era modesto. Até então não havia sido realizado praticamente nenhum casamento de mulheres holandesas com brasileiros. Este fator se deve ao cultural. Nos anos 80 e 90, a porcentagem de casamentos já era mista.

Até os anos oitenta Holambra era uma pequena comunidade sem grandes problemas a nível social. Resolvia-se tudo entre eles mesmo, com comissões de voluntários de todas as áreas, como por exemplo: comissão de igreja, outro de esporte, saúde, cultural e outros. Para os assuntos municipais, Holambra pertencia a Jaguariúna, más sua localização se dividia nos municípios de Artur Nogueira, Cosmópolis, Santo Antonio de Posse e Jaguariúna. Os impostos pagos pouco revertiam melhorias para Holambra.

A conservação de estradas, asfaltamento das vias principais e abastecimento e tratamento de água, era feito pela Cooperativa. Por isso, em 27 de outubro de 1991, deu se a votação do plebiscito decidindo a emancipação politico-administrativa , criando o município de Holambra. Em primeiro de janeiro de 1993, tomou posse o primeiro prefeito de Holambra.

Em abril de 1998, Holambra recebe o título de Estância Turística. Hoje com estimativa de 10 mil habitantes, Holambra se firma no cenário nacional e internacional como Cidade das Flores.

O Museu Histórico e Cultural de Holambra" , localizado na av. Maurício de Nassau s/n, no centro de Holambra, expõe esta história de imigração e colonização holandesa, através de um acervo de duas mil fotos, réplicas de casas de pau-a-pique e alvenaria devidamente mobiliadas da época, como também, objetos, maquinarias e tratores utilizados pelos imigrantes.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Foz do Iguaçú_PR


FOZ DO IGUAÇÚ
História & Cultura

Os primeiros vestígios da presença humana na região data de em 6.000 a.c. As Cataratas do Iguaçu foram vistas pela primeira vez por europeus em 1542, quando a expedição de Dom Alvar Nunez Cabeza de Vaca descia o Rio Iguaçu com canoas adquiridas dos índios Kaingang (guaranis), na tentativa de alcançar o Rio Paraná. As cataratas receberam, então, seu primeiro nome da cultura ocidental: Salto de Santa Maria, entretanto, prevaleceu mesmo o termo adotado pelos guaranis: Iguaçu (muita água).

Em 1881, Foz do Iguaçu recebeu seus dois primeiros habitantes, o brasileiro Pedro Martins da Silva e o espanhol Manuel Gonzáles. Pouco depois chegaram os irmãos Goycochéa, que começaram a explorar a erva-mate. Oito anos após, foi fundada a colônia Militar na fronteira - marco do início da ocupação efetiva do lugar por brasileiros e do que viria a ser o município de Foz do Iguaçu.

A estrada que liga Foz do Iguaçu a Curitiba tomou sua primeira forma em 1920; era uma estrada precária, cheia de obstáculos. Na segunda metade da década de 50, iniciou-se o asfaltamento da estrada que cortaria o Paraná de leste a oeste, ligando Foz do Iguaçu a Paranaguá, sendo inaugurada em 1969.

A história do Parque Nacional começa no ano de 1916, com a passagem por Foz do Iguaçu de Alberto Santos Dumont, o "Pai da Aviação", - o legítimo "fundador". Aquela área pertencia ao uruguaio Jesus Val. Santos Dumont intercedeu junto ao Presidente do Estado do Paraná, Sr Affonso Alves de Camargo, para que fosse desapropriada e tornada patrimônio público. No dia 28 de julho, através do Decreto nº 63, foi declarada de utilidade pública com 1008 hectares e somente em 1939, por Decreto do Presidente Getúlio Vargas, a área passou a ter 156.235,77 hectares.

Em 1994 os decretos nº 6506 de 17 de maio e de nº 6587 de 14 de junho consolidam e ampliam a área do Parque Nacional dando-lhes os limites propostos pelo chefe da seção de Parques Nacionais; hoje os limites atuais são 185.000 hectares.

Com a inauguração da Ponte Internacional da Amizade (Brasil - Paraguai) em 1965 e inauguração da BR-277, ligando Foz do Iguaçu a Curitiba e ao litoral, em 1969, Foz do Iguaçu teve seu desenvolvimento acelerado, intensificando seu comércio, principalmente com a cidade paraguaia de Puerto Presidente Strossner (atual Ciudad del Este).

A construção da Hidroelétrica de Itaipu (Brasil - Paraguai), iniciada na década de 70, causou fortes impactos em toda a região, aumentando consideravelmente o contingente populacional de Foz do Iguaçu. Em 1960, o município contava com 28.080 habitantes, em 1970 com 33.970 e passou a ter, em 1980, 136.320 habitantes, registrando um crescimento de 385%, estimando-se hoje uma população de 279.620 habitantes.


terça-feira, 13 de abril de 2010

Fortaleza_CE


FORTALEZA – CE
História & Cultura

Depois de fracassadas tentativas de colonização por Pero Coelho, em 1603, e pelos padres Francisco Pinto e Luís Figueira, em 1607, não se tem notícia de novas expedições ao Ceará, até que a necessidade da reconquista do Maranhão exigisse a vinda de Martins Soares Moreno.

Moço, no dizer de historiadores, corajoso, forte e possuidor de todas as virtudes dos paladinos portugueses do século XVII, erigiu, a 20 de janeiro de 1612, na barra do Rio Ceará um fortim a que chamou São Sebastião. Em 1613, o fortim recebeu a visita de Jerônimo de Albuquerque, que, destinando-se ao Maranhão, passou por ali afim de convidar Soares Moreno para participar da expedição.

Ausentando-se para o Maranhão, Moreno só voltou ao Ceará em 1621. Encontrou o forte em ruínas, mas reconstruiu-o tratando de apaziguar os indígenas; distribui sementes, mudas de cana-de-açúcar e gado, procurando lançar as bases da prosperidade da Capitania. Permaneceu na terra até 1631, quando teve de ir para Pernambuco lutar contra os holandeses. Sucederam no comando Domingos da Veiga Cabral e Bartolomeu de Brito Freire. O fortim, reduzido a estado precaríssimo, foi tomado pela expedição de George Gartsman e Henderick Huss, a 26 de outubro de 1637, ficando sua guarda sob a responsabilidade do tenente Van Hans, posteriormente substituído por Gedion Morris.

Em 1644, foi o forte assaltado e destruído por índios revoltados. Os flamengos voltaram em 1649, com 298 homens em duas embarcações grandes e dois barcos menores, desembarcando em 3 de abril e levantando novo fortim, distante do primeiro, a margem do riacho Pajeú na elevação de terreno chamado Marajaig. Este forte, construído segundo planta do engenheiro Ricardo Carr, recebeu o nome de Forte Schoonenborch, em homenagem ao governador de Pernambuco. Antipatizados e hostilizados pelos índios, os holandeses transferiram todos os alojamentos e instalações e subsistências para dentro do forte.

Tal situação perdurou até que, vencidos em Pernambuco, foram obrigados a entregar a praça de guerra a Álvaro Barreto, que a restaurou e mudou seu nome para Forte de Nossa Senhora da Assunção. Com o eficaz apoio e cooperação dos índios pacificados, deu início a construção de uma ermida, em 1654, restabelecendo a colonização portuguesa.

Feito de madeira e estacas de carnaúba, por diversas vezes teve de sofrer reformas, até desmoronar. No local do forte arruinado, foram lançados os alicerces da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção em 12 de outubro de 1812. Em 1847 a fortaleza sofreu remodelações, e dez anos depois classificada como de segunda classe. Em 1910, foi desarmada, permanecendo como simples monumento histórico.

Fortaleza - a "loura desposada do sol" do poema de Paula Ney, participou de movimentos cívicos da história do Brasil, antes e depois da Independência. Referência especial deve ser feita à atitude de bravos jangadeiros, chefiados por Francisco José do Nascimento, o "Dragão do Mar", os quais impediram o trânsito de escravos no porto da capital, tornando o Ceará o Estado pioneiro da abolição da escravatura no Brasil, a partir de 1884.

Fonte: IBGE
Crédito: Christian Knepper / EMBRATUR

segunda-feira, 12 de abril de 2010


CAMPOS DO JORDÃO – SP

A cidade de Campos do Jordão começou a ser erquida pela perseguição ao ouro nas montanhas da Serra da Mantiqueira pelo o sertanista Gaspar Vaz da Cunha, o Oyaguara que por ordem real e com o objetivo de transportar o ouro das minas de Itajubá (MG), em 1720 abriu um caminho conhecido como "O Oyaguara", que ia desde o vale do Rio Sapucaí e atravessava a Serra da Mantiqueira até Pindamonhangaba.

Apesar de o caminho ter sido fechado, Gaspar Vaz estabeleceu-se na região de Sapucaí, transformando-a em um centro comercial de gado. Em 1771, Inácio Caetano Vieira de Carvalho, também atraído pelos encantos da região, segue o mesmo caminho do Oyaguara e se estabelece em uns campos próximos do Pico do Itapeva, lá permanecendo com seus filhos por 20 anos e criando uma fazenda para a criação de gado.

Em 27 de Setembro de 1790, através de carta do Governador da Capitania de São Paulo, obteve sesmaria. Após 1825, a gleba foi vendida ao Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão, ficando o lugar que era denominado "Os Campos" conhecido como "Os Campos do Jordão", dando assim origem ao nome da localidade. Em 1874 as terras foram adquiridas por Matheus da Costa Pinto, que fundou o povoado de São Matheus do Imbiri, atual Vila Jaguaribe, justa homenagem ao Dr. Domingos Nogueira Jaguaribe, que introduziu importantes melhoramentos no povoado, hoje o marco de fundação da cidade.

A cidade de Campos do Jordão é uma estância turística onde a principal fonte de renda do município é o turismo que atrai muitos visitantes e recursos para a cidade. Campos do Jordão encontra-se a uma altitude de 1.700m onde por apresentar um clima frio e de montanha a maior parte do ano atrai turistas a procura de um clima europeu, uma gastronomia de montanha e da badalação, mas Campos do Jordão não é somente isso, existem por aqui várias atrações turísticas recheadas de esportes de aventura e montanhas fazendo de Campos do Jordão um dos principais pólos turísticos de São Paulo.

Em Julho, quando se é temporada de Inverno, a temperatura pode chegar a 5 graus negativos, já tendo atingido no passado, 18 graus abaixo de zero em 1992. A cidade chega a receber mais de um milhão de turistas vindos de todos os lugares do Brasil e do mundo.

A economia de Campos do Jordão baseia-se no turismo, na indústria de confecção de malhas e de chocolate, no artesanato e na exploração de água mineral. Em Campos do Jordão o visitante terá a disposição pousadas confortáveis, de luxo e especiais, com o mesmo requinte dos hotéis luxuosos, como os de cinco estrelas, quatro estrelas e três estrelas.

O turista também poderá usufruir do conforto de um hotel luxuoso, na estrutura leve e aconchegante de uma pousada, mas com melhores preços. Fica a seu critério a escolha do lugar ideal para passar suas férias, opções não irão faltar à sua escolha.

sexta-feira, 9 de abril de 2010


FERNANDO DE NORONHA – PE
História & Cultura

Do fogo surgiu o paraíso: o arquipélago de Fernando de Noronha, um vulcão extinto há milhões de anos, o topo de uma cadeia de montanhas submersas – a Dorsal Mediana do Atlântico São 21 ilhas, ilhotas e rochedos, com uma área total de 26 km, a 360 km de Natal (RN) e 545 km do Recife (PE) e 2.600 km do continente africano. A ilha principal, a única habitada, tem 17 km de extensão e nela se concentram todas as atividades sócio-econômicas do arquipélago;

Foi descoberto em 10 de agosto de 1503, pela navegador Américo Vespúcio, participante da 2 Expedição Exploradora, comandada por Gonçalo Coelho e financiada pelo fidalgo português Fernão de Loronha, no dia em que ocorreu o 1° naufrágio do Brasil, nas proximidades da ilha A descoberta condicionou a doação da ilha, pelo Rei de Portugal, em 1504, ao financiador da expedição, vindo daí o seu nome. A doação foi em forma de Capitania Hereditária (a 1 do Brasil, 30 anos antes da implantação do regime no Brasil).

O donatário jamais tomou posse de suas terras que, abandonadas, atraíram as atenções de muitos povos, dentre os quais os alemães (que a abordaram em 1534), os franceses (também em abordagens em 1556, 1558 e 1612), os ingleses (em 1577), o holandeses ( que nela se fixaram por 25 anos, entre 1629 e 1654) e os franceses (que aí viveram um ano, entre 1736 e 1737).

Após mais de dois séculos de abordagens e ocupações temporárias, Portugal resolveu reocupar e colonizar a ilha, em 1737, através. Da capitania de Pernambuco. Para isso um sistema de defesa foi implantado, com dez fortificações estrategicamente posicionadas, para a defesa de todas as praias onde pudesse ocorrer desembarques. Também foram construídos dois núcleos urbanos para o funcionamento de uma Colônia Correcional para presos comuns vindos de Pernambuco: a Vila dos Remédios e a Vila da Sambaquixaba ou da Quixaba. Em diversos períodos políticos nacionais também foram aí abrigados presos políticos, como os ciganos do Brasil (em 1739), os farroupilhas (em 1844) e os capoeiristas (em 1890). Em 1938 a ilha foi requisitada pela União para tornar-se oficialmente um Presídio Político.

Em 1942 tornou-se um Território Federal, administrado por militares (Exército até 1981, Aeronáutica até 1986; EMFA até 1987) e pelo Ministério do Interior – MINTER até 1988, quando se deu a reintegração a Pernambuco. Também em 1942 instalou-se na ilha uma base avançada da II Guerra Mundial (Departamento Misto) e uma base americana de cooperação de guerra. Os americanos voltariam a viver em Noronha no período de 1957 / 1965, conduzindo um Posto de Observação de Mísseis Teleguiados.

Hoje Fernando de Noronha é um Distrito Estadual, administrado por Pernambuco, com uma população remanescente dos diversos períodos vividos, acrescida daqueles que para aí vieram pelas mais diversas razões. Descendentes de presos comuns ou políticos, de guardas, de militares ou pessoas que para lá foram destacadas para prestarem serviços, acompanharem companheiros ilhéus ou simplesmente fazer turismo, compõem essa população, que chega a 2.500 pessoas, vivendo principalmente do Turismo.

O patrimônio cultural, não reconhecido nem valorizado em todos esses anos, é atualmente objeto de atenções, nas propostas que começaram a tornar forma, visando restaurar e requalificar tudo aquilo que for possível de intervenção.

Fonte: IBGE

quinta-feira, 8 de abril de 2010


Peabiru o caminho milenar do Brasil

Há muitas traduções para esta palavra de origem tupi, como há muitas hipóteses para o verdadeiro significado desse caminho milenar chamado pelos indígenas de Peabiru.

O caminho, ramificado em diversas trilhas, parece possuir ao todo cerca de cinco mil quilômetros, sendo 1200 km dentro do território do Brasil. Forrada por um tipo especial de grama miúda e macia, tão fechada que impedia o crescimento de qualquer outra espécie de vegetal, mantendo a passagem sempre livre, a misteriosa e hoje quase desconhecida estrada, com um metro e quarenta de largura, serviu para os conquistadores europeus alcançarem a notável civilização Inca por terra, anos antes de Francisco Pizarro destruí-la quase completamente.

Uma das hipóteses sobre a construção do Peabiru supõe justamente que o caminho tenha sido uma tentativa de expansão do Império Inca, ou de alguma civilização pré-incaica, em tempos muito antigos, na direção do Oceano Atlântico. Neste caso, a expressão original Pe-Biru significaria algo como Caminho para o Biru, nome pelo qual os incas denominavam seu território.

Outra hipótese aponta na direção dos guaranis ou povos antecessores, como os itararés, na construção do Peabiru, entre os anos 1000 e 1300. O termo, então, poderia ser interpretado como Caminho para a Terra Sem Mal, e estas tribos, originárias do território onde hoje fica o Paraguai, teriam construído o Peabiru durante sua migração para o litoral sul do Brasil, em busca de um paraíso, a lendária Terra Sem Mal.

Uma terceira hipótese é que o Peabiru teria sido aberto por ninguém menos que São Tomé, o incrédulo apóstolo de Cristo. Sérgio Buarque de Holanda, um dos mais importantes historiadores brasileiros, diz que a comoção criada no século 16 pela descoberta de um Caminho de São Tomé por pouco não desbancou o célebre Caminho de Santiago de Compostela. Os indígenas brasileiros o chamavam de Sumé.

Ainda hoje, muitos consideram os resquícios do Peabiru como um caminho sagrado, próprio para peregrinações pelo interior do Brasil, a partir de vários pontos do litoral, principalmente Santa Catarina, Paraná e São Paulo. O Peabiru, cujo significado mais conhecido é Caminho de Grama Amassada, foi quase todo destruído pela paulatina ocupação humana, restando ainda poucos vestígios.

O trânsito intenso através do Peabiru chegou a ser proibido, em 1553, por Tomé de Souza. Segundo o, então, Governador-Geral do Brasil, era preciso fechar o caminho milenar e punir quem por ali transitasse com a pena de morte, pois “a fácil comunicação entre a Vila de São Vicente com as colônias castelhanas causam um grande prejuízo à Alfândega Brasileira, resultado do contrabando”.

Só muito tempo depois, algumas dessas trilhas foram aos poucos sendo reativadas.
Provavelmente é o caso do chamado Caminho Velho, que teria usado uma das antigas ramificações do Peabiru para ligar Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, às Minas Gerais. Com a descoberta de pedras e metais preciosos naquela região do interior do Brasil, o Caminho Velho foi calçado com pedras e passou a ser conhecido como Trilha do Ouro.

Hoje, boa parte da Trilha do Ouro pode ser desfrutada em passeios turísticos a partir da cidade histórica de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 7 de abril de 2010


BARRETOS – SP
História & Cultura

O alferes João José de Carvalho e Antônio Francisco Diniz Junqueira, vindos de Minas Gerais, foram os primeiros desbravadores da região compreendida entre os rios Grande, Pardo e Cachoeirinha.

O primeiro formou a fazenda Palmeiras, banhada pelo ribeirão do mesmo nome e Antônio Francisco tomou posse das terras às margens do rio Pardo, criando a fazenda Pitangueiras.

Como capatazes dos colonizadores, vindos também de Minas, tomaram posse das terras à margem esquerda do ribeirão Pitangueiras, Francisco José Barreto e seu irmão denominaram essa gleba de "Fortaleza".

Após a morte de Francisco José Barreto, em 1848, seus filhos, auxiliados por um vizinho, Simão Antônio Marques, construíram uma capela sob a invocação do Divino Espírito Santo, em torno da qual foram se fixando novos moradores.

Em 1874, com a criação da Paróquia do Divino Espírito, no Arraial "dos Barretos", foi também instituída a Freguesia. Espírito Santo de Barretos passou a Município em março de 1885, alterando seu nome para Barretos em 06 de novembro de 1906, conforme Lei nº 1021. Durante sua evolução histórica, o grande território foi sofrendo inúmeros desmembramentos, quando seis Distritos sob sua jurisdição foram elevados a Município.

Fonte: IBGE


terça-feira, 6 de abril de 2010


CURITIBA – PR
História & Cultura

É do ciclo da exploração do ouro o descobrimento dos Campos de Curitiba, também chamado Sertão de Paranaguá, como consta de vários mapas da época.

As levas de garimpeiros subiam o Ribeira, e batendo-lhe todo o curso, atingiam o Rio Assungui e deparavam ao sul com os Campos de Curitiba, onde vários deles se fixaram com suas famílias. Outros vindos do litoral, galgaram a Serra do Mar e se estabeleceram no planalto.

A primeira notícia de bandeirantes nesses campos data de 1661, de uma carta de sesmaria a favor de Baltazar Carrasco dos Reis, dando-lhe posse no Barigui, onde, segundo diz em sua petição, já residia há alguns anos, com sítio de criação, e era confrontante com Mateus Martins Leme. Os grupos de Baltazar e Mateus eram aparentados, foram os primeiros moradores efetivos dos Campos de Curitiba e constituíram a maioria representativa dos povoadores.

Eleodoro d'Ebano Pereira, primeira autoridade a representar o governo colonial no sul, em ofício de 4 de março de 1649, comunicou a Gabriel de Lara, Capitão-­mor de Paranaguá, estar investido, pelo Governador-Geral do Rio de Janeiro, das funções de Administrador das Minas dos Distritos do Sul. A sua presença nessa região contribuiu para a formação de arraiais, mesmo provisórios, que foram a base dos povoados estáveis que os sucederam, originando-se, assim, o povoado de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, futura Curitiba.

Eleodoro d'Ebano traçou um mapa das minas do litoral, em que assinala, ao poente da Serra do Mar, o arraial de Curitiba, representado por um grupo de casas.

Em 1668, Gabriel de Lara, como Procurador do Donatário da Capitania, subiu ao planalto, tomou posse da povoação que estava surgindo nos Campos de Curitiba, em terras e limites da demarcação do Sr. Marquês de Cascaes, nela encontrando dezessete moradores. Ali concedeu ao Capitão Mateus Martins Leme a sesmaria do Barigui, investiu-o de autoridade para dar sesmarias em nome d'El-Rei e fez levantar o Pelourinho na praça da igreja, em sinal de posse e poder público. O patriarcado do Capitão Povoador e Dizimeiro Mateus Leme foi absoluto e respeitado durante toda a sua vida.

A grei curitibana morava em sítios dispersos, distantes da sede da povoação. Vários moradores possuíam casas na praça da capela, para as quais vinham de vez em quando e principalmente por ocasião de práticas e festas religiosas.

Em face da constante entrada de aventureiros e de pessoas egressas de outros centros, o povo fez a Mateus Leme uma petição no sentido de ser organizada a vila, e ele assim despachou: "Junte-se o povo. Deferirei o que pedem. Pinhais, 24 de março de 1693. (a) Leme."

Em 29 de março de 1693 reuniram-se os povoadores na igreja da freguesia e aclamaram "seis homens de sã consciência" para que eles nomeassem as autoridades da Administração e Justiça, o que foi feito no mesmo dia. Com a eleição juramento e posse das primeiras autoridades, ficou constituído e organizado o Governo da Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais.

Ainda a respeito da fundação de Curitiba há várias versões, narradas por diversos historiadores. Uma delas conta que esses bandeirantes, em época incerta, teriam convidado o cacique dos campos de Tindiquera, às margens do Rio Iguaçu, para que lhes indicasse o melhor local para a instalação definitiva da povoação. O referido cacique, à frente do grupo, trazendo uma grande vara, após longo percurso pelos campos, fincou-a no chão e disse: "Aqui". Nesse mesmo lugar erigiram uma capelinha de pau-a-pique, em louvor a Nossa Senhora da Luz, local onde hoje se ergue a Catedral Metropolitana de Curitiba.

Segundo documentos existentes na Matriz de Curitiba, a paróquia já existia por volta de 1715, não sendo desmembrada de outra freguesia.

A mineração, a criação e o comércio de gado, e finalmente a roça formaram sucessivamente os três ciclos de povoamento do território curitibano.

Em 1735 o comércio de tropas entre Curitiba, Itu e Sorocaba estava estabelecido com certa intensidade.

Pela Lei Imperial nº 704, de 29 de agosto de 1853, a 5ª Comarca de São Paulo elevou-se à categoria de Província e a antiga vila de Nossa Senhora dos Pinhais de Curitiba passou a Capital da nova Província do Paraná, situação ratificada pela Lei especial de 1854. A sua instalação foi a 19 de dezembro.

A cidade de Curitiba recebeu, a 21 de maio de 1880, a visita de D. Pedro II e de D.Teresa Cristina, que inauguraram o Hospital de Caridade de Curitiba.

O Clube Republicano de Curitiba foi fundado em 1885. A 25 de março de 1888 foi criada a Confederação Abolicionista Paranaense.

Nos primitivos tempos da vida pública de Curitiba, os chefes do Governo Municipal eram presidentes da Câmara de Vereadores. No Segundo Império, foi criado o cargo de Superintendente Municipal, ocupado pelo chefe do Executivo, ficando o Legislativo independente. Só depois da Proclamação da República foi criado o cargo de Prefeito Municipal.

Fonte: IBGE

segunda-feira, 5 de abril de 2010


ILHABELA – SP
História & Cultura

Ilhabela foi descoberta em 20 de janeiro de 1502 por Américo Vespúcio, um navegador italiano à serviço da Coroa Portuguesa, que tinha por objetivo batizar os lugares por onde passasse. A ilha que até então só tinha sido lugar de descanso dos índios tupinambas, que a chamavam de Ciribaí ("lugar tranqüilo"), com a chegada de Vespúcio recebeu o nome do santo do dia, Ilha de São Sebastião, como era de praxe.

Em 3 de setembro de 1805 foi decretada unidade Política Administrativa por ordem do Governador da Província de São Paulo, o Capitão General Antônio José França e Horta, que a chamou de Villa Bella da Princeza', em homenagem à Princesa da Beira.

A então na época Villa Bella, com mais de três mil habitantes, distinguiu-se conquistando foro de cidade e de município graças à dedicação de um cidadão em especial, que se projetou no final do século XVIII na história da província e da região: o capitão-mor Julião de Moura Negrão.

Em 30 de novembro de 1938, em força dum Decreto Estadual, o município de Villa Bella da Princeza passou a se chamar Formosa, o que durou seis anos. Em 30 de novembro de 1944, quando da fixação da divisão territorial administrativa e judiciária, o município passou a se chamar definitivamente Ilhabela.

Fonte: www.brasilturismo.com

quinta-feira, 1 de abril de 2010


APARECIDA – SP
Fonte: www.brasilturismo.com

Aparecida é um dos centros mais importantes da religiosidade do País e dista cerca de 170 km da capital. Lá encontra-se a famosa Basílica Nacional, onde se cultua a imagem de N.S. Aparecida, a padroeira do Brasil. A nova Basílica da Aparecida tem forma de cruz entrecortada e seu cumprimento total é de 173 metros e a largura é de 168 metros. A torre tem 100 metros de altura e em seus andares estão o Museu de Aparecida e a Sala dos Milagres. Ligando a Basílica Nova à antiga existe a Passarela da Fé, em forma de um gigantesco "S", medindo 399 metros.

Aparecida, com seus 112Km², tem hoje cerca de 35 mil habitantes. Gente que vive do comércio movimentado pela fé daqueles que vêm agradecer ou pedir graças à Santa Padroeira do Brasil. Conhecida mundilmente, a Estância Turístico - Religiosa de Aparecida recebe anualmente milhões de pessoas, vindas de todos os campos do Brasil e exterior.

Entre as festas que movimentam a cidade estão a de São Benedito, que acontece uma semana após a Páscoa, e a de Nossa Senhora Aprecida, que acontece de 03 a 12 de Outubro, com uma novena festiva na Basílica Nova, movimentado toda a região do Vale Paraíba.

No carnaval, a cidade oferece retiros espirituais, rebanhões e atividades profanas para aqueles que também buscam diversão sadia durante as folias de momo.

Em Aparecida existem vários prédios antigos, Seminários e Igrejas que merecem ser visitados. Os pontos turísticos também são muitos, todos com infra-estrutura para atender de maneira adequada o romeiro que vem a Aparecida.

Para aqueles que gostam de diversão, a cidade oferece um parque temático, com brinquedos e atividades religiosas e culturais. Nosantuário Nacional encontra-se um Centro de Apoio ao Romeiro, com vasto comércio para todos os gostos.