quarta-feira, 29 de junho de 2016

Beberibe (CE)


Beberibe (CE)

O artesanato de areia colorida e as falésias de diversas tonalidades que acompanham boa parte da orla fazem a fama de Beberibe. O cartão-postal é Morro Branco, a praia mais movimentada, a quatro quilômetros do centrinho e contornada também por dunas e recifes.

Morro Branco é ainda um dos cenários mais concorridos para os passeios de bugue. O tour inclui paradas próximas às fendas do Labirinto das Falésias, formado pela erosão e pelas areias de vários tons. Também é na praia - em especial na pracinha da vila - que os visitantes encontram as tradicionais garrafinhas decoradas com grãos de areia colorida.

De bugue chega-se à bonita praia das Fontes, com bicas de água doce, grutas, dunas, falésias e águas calmas que atraem as famílias. Para quem está com os pequenos vale incluir no roteiro a Lagoa do Uruaú, contornada por barracas com mesinhas quase dentro d'água e passeios de lancha, jet ski e caiaque.

Mais afastadas estão as praias do Diogo, pouco movimentada e acompanhada por dunas e bicas de água doce; Barra do Sacutinga, com vila de pescadores, falésias e quiosques; Ariós, acessível por bugue; Prainha do Canto Verde, bastante tranqüila; do Paraíso, deserta e salpicada de lagoas; e Parajuru, com barracas e riachos temporários.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Arraial D' Ajuda (BA)

Arraial D’ Ajuda

Paulistas, israelenses, cariocas, holandeses... no sobe-e-desce da rua do Mucugê, seja na volta da praia ou no rolé noturno, a mistura de povos e origens dá o tom ao Arraial d´Ajuda. Com tanta gente diferente - visitando ou ficando de vez - a vila reuniu com charme as influências dos quatro cantos do mundo. Tem loja indiana, bar baiano, restaurante tailandês... tudo, porém, respeitando natureza - as coloridas construções têm pouquíssimas paredes e as árvores fazem parte da decoração.

Separada de Porto Seguro pelas águas do rio Buranhém, Arraial foi, por muitos anos, acessível apenas através de travessias de balsa. Hoje, uma estrada de asfalto liga a vila ao restante do mundo.

Apesar da facilidade, pouca coisa mudou por lá - e o que mudou foi para melhor: o charme que começava a ser perdido em fins dos anos 90 foi recuperado com as melhorias na rua do Mucugê, que ganhou calçamento e muitos bares, restaurantes e lojas de bom gosto.

O fuso horário continua o mesmo: o comércio só funciona no final da tarde e a noite só esquenta depois da uma da manhã. 

No quesito praias, o charme continua intocado na Pitinga, mais afastada do centrinho, com bares, pousadas e barracas respeitando o estilo rústico e tropical da vila.

Já na praia do Parracho, o burburinho só faz aumentar a cada verão. Para quem quer sossego absoluto, o destino é Taípe, a praia mais selvagem de Arraial, na metade do caminho para Trancoso. Emoldurada por gigantescas falésias coloridas que chegam a 45 metros de altura, tem trechos desertos e mar de ondas fortes - mas que forma deliciosas piscinas na maré baixa.


segunda-feira, 20 de junho de 2016

Ilha Comprida (SP)

Ilha Comprida (SP)

O cenário paradisíaco é realmente digno de uma ilha, reunindo dunas gigantescas, praias preservadas e piscinas naturais. A única "contradição" fica por conta do nome - Ilha Comprida não é tão comprida assim - tem 74 quilômetros de extensão, sendo possível percorrê-la a pé, através das muitas trilhas.

Mesmo pequena cada canto tem peculiaridades e atrativos exclusivos. No sul, pontos de desembarque das balsas que chegam de Cananéia ficam as paisagens mais desertas, como a praia de Boqueirão do Sul e as vilas de pescadores.

Já no norte, onde desemboca a ponte que liga a ilha ao continente (município de Iguape), a infraestrutura e o burburinho se fazem presentes através de pousadas e quiosques. É o caso de Boqueirão do Norte, com intensa programação cultural nos meses de verão.

Protegida pelo título de Reserva da Biosfera, Ilha Comprida é procurada não só por quem quer sossego ou agito em meio a paisagens intocadas, mas também pelos adeptos dos esportes náuticos. Os bons ventos atraem os velejadores, enquanto um naufrágio repleto de vida marinha chama a atenção dos mergulhadores.



sexta-feira, 17 de junho de 2016

Parintins-AM

Parintins 

O Festival Folclórico de Parintins dura somente três dias, no final do mês de junho. Mas durante o ano inteiro a cidade é dividida em duas cores: a vermelha, do boi Garantido; e a azul, do Caprichoso. Quando chega a festa, a rivalidade toma conta do Bumbódromo, um estádio construído especialmente para o evento.

Por lá, as agremiações contam as lendas da floresta e o cotidiano dos ribeirinhos através das danças de influência indígena, ao ritmo das toadas. Cada bumbá reúne cinco mil foliões que se apresentam para um público de mais de 35 mil pessoas por noite.

Chegar ao concorrido festival, porém, não é tarefa fácil - com exceção para aqueles que conseguem garantir lugar nas aeronaves que partem de Manaus e chegam a Parintins em menos de uma hora e meia de voo.

Quem vai de barco encara cerca de 18 horas de viagem - o longo percurso, porém, é o preferido dos amazonenses, que fazem da travessia uma prévia da festa, seja nos barcos de linha ou nos fretados. Não se esqueça de levar uma rede para um breve cochilo!

Uma vez na cidade, há muito que ver e fazer além do espetáculo dos bois. Entre os programas típicos estão o banho no rio Uiacurapá, o passeio pelo Lago Macurany - frequentado pelos adeptos dos esportes náuticos - a comprar de artesanato indígena e a degustação das delícias regionais, à base de peixes e frutas exóticas.

Quem visita a região a partir de agosto, surpreende-se ainda com as praias de areias brancas e águas escuras formadas pela vazante dos rios. Já em setembro e outubro, quem faz a festa são os fãs da pesca, que se encantam com a diversidade de espécies nos rios da região.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Cairu(BA)

Cairu_BA

A cidade histórica engloba o arquipélago de Tinharé, formado por 36 ilhas, entre elas, a paradisíaca Boipeba. Única cidade-arquipélago do Brasil, Cairu tem vilas com maior dinamismo que a própria sede - é o caso de Morro de São Paulo, na Ilha de Tinharé.
Cercada por manguezais, a cidade reserva bons pontos de mergulho, em especial nas Pedras da Benedita, Tatiba e Tassimirim, localizadas, respectivamente, a cinco, sete e três milhas da costa. Não por acaso, os pratos à base de caranguejo e siri são famosos em Cairu, com destaque especial para as moquecas desses crustáceos.

Apesar de menos badalada que seus vilarejos, a cidade abriga um belo centro histórico na parte alta, que vai da Praça da Matriz até o final da Rua Direita. São bicas, sobrados e casarões do século 18, além do Convento de Santo Antônio e da Matriz de Nossa Senhora do Rosário, ambos do século 17, em estilo barroco.

A religiosidade se faz presente também nas festas, que capricham nas tradições folclóricas. Entre as mais concorridas estão as de São Pedro, em junho; a de Nossa Senhora do Rosário, entre setembro e outubro; e as de São Benedito e dos Santos Reis, entre dezembro e janeiro.

Quarto produtor baiano de coco-da-baía e dendê, Cairu dispõe de uma boa infraestrutura turística, com hotéis, pousadas, restaurantes e atracadouro para saídas de barcos fretados para Valença, Boipeba e demais destinos do Canal de Taperoá.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

São Luis(MA)


São Luís (MA)

São Luís foi fundado pelos franceses, em 1612, mas coube aos portugueses darem à capital do Maranhão sua marca registrada - seu belíssimo estilo arquitetônico. Foram os lusitanos que deixaram como herança os mais de três mil sobrados e casarões que se espalham pelas ruas e praças do Centro Histórico, no bairro de Praia Grande.

Reggae é o ritmo oficial das rádios, bares e clubes que lotam nos finais de semana.

Tombada pela Unesco, boa parte do casario colonial datado dos séculos 18 e 19 foi restaurada e remete a uma viagem a um passado de prosperidade e ostentação.

Hoje, os antigos solares dos barões abrigam espaços culturais, museus, lojas e restaurantes que preservam em suas fachadas os coloridos azulejos portugueses.   

Além da história, a cidade preserva culturas e tradições. O Bumba-Meu-Boi, representação folclórica que combina teatro, música e dança, atrai gente de todo o canto que chega para participar da colorida festa que toma conta das ruas nos meses de junho e julho.

Tão enraizado quanto o folclore é o reggae. O ritmo, presente nas rádios, clubes e bares, conferiu a São Luís o título de "Jamaica brasileira" e torna impossível não soltar o corpo ao lado dos rastafaris ao som de Bob Marley e companhia.  

A capital maranhense, porém, exibe uma faceta moderna e luxuosa. Do outro lado do Rio do Anil está a parte nova de São Luís, ligada à área antiga pela ponte José Sarney. Por lá estão arranha-céus, shoppings centers e restaurantes sofisticados que servem pratos típicos como o arroz-de-cuxá.

As praias - de águas não tão azuis - também ficam nesta área. A maré costuma variar bastante ao logo do dia, ainda assim, dá para curtir um banho em Calhau, Olho D'Água e Araçagi.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Caruaru (PE)

Caruaru (PE)

Caruaru divide com a paraibana Campina Grande o título de maior festa de São João do país. Não é para menos, levando em conta que o arrasta-pé reúne quadrilhas com até quatro mil componentes! Durante o mês de junho, o Parque de Eventos, no Centro da cidade, se transforma em um típico arraial, com cenografia, barraquinhas de guloseimas, fogueira e muito forró. Fique de olho na programação e não deixe de assistir às apresentações das bandas de pífanos e aos desfiles de bacamarteiros, manifestações singelas, tradicionais e eternizadas na arte de Mestre Vitalino.

E por falar no estimado artesão, visitar o bairro do Alto do Moura é passeio obrigatório. Lá está a casa onde o mestre viveu - hoje transformada em museu - e dezenas de ateliês de artistas locais que seguiram os passos do pioneiro. Os belos trabalhos em cerâmica representam cenas da vida nordestina e seus personagens, como retirantes, cangaceiros e trios de forró. Aproveite para experimentar os pratos regionais à base de carne-de-sol e bode na brasa, servidos nos bares e restaurantes da área.

Além dos ateliês, as peças podem ser apreciadas também no Museu do Barro, onde estão obras originais de Vitalino e de artesãos de outras cidades do estado. Já no Museu do Forró, os destaques ficam por conta dos objetos pessoais, das fotos, dos documentos e dos instrumentos musicais do cantor e compositor Luiz Gonzaga.

Caruaru abriga também a maior feira livre do Nordeste. São centenas de barracas espalhadas por uma área de 20 mil metros quadrados, onde há de tudo: peças artesanais de barro, couro, palha e renda, comidas típicas, ervas medicinais e artigos eletrônicos, além de interessantes trabalhos em cordéis. Sábado é o dia mais concorrido, com apresentações de cantadores, violeiros e bandas de pífanos.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Cabo de S. Agostinho(PE)

Cabo de S. Agostinho (PE)

Cabo de Santo Agostinho tem apenas nove praias, mas cada qual tem sua peculiaridade, fazendo da península um destino para todos os gostos. Ao longo da orla alternam-se enseadas movimentadas, como Gaibu e dos Corais, com trechos sossegados, como Itapuama, Pedra do Xaréu e praia do Paiva, praticamente deserta. A escondida e pequena Calhetas, protegida por vegetação e pedras, está entre as mais bonitas e concorridas da região. Acessível por estrada de terra, reúne surfistas, mergulhadores e a turma que só quer saber de badalar no Bar do Artur, especializado em alto-astral e frutos do mar.

Apesar da fama de Calhetas, os locais preferem a Pedra do Xaréu, com barracas simples e um belo recorte emoldurado por pedras que, na maré baixa, formam piscinas naturais de águas transparentes. O cenário se repete na enseada dos Corais. Já os surfistas marcam presença na preservada praia do Paiva, emoldurada por um imenso coqueiral. O movimento é mínimo, uma vez que não há quiosques no local e o acesso é por uma trilha em meio à mata Atlântica.

Também Itapuama reúne a turma das pranchas, que divide espaço com os pescadores. Para agitar, os destinos são Galhetas, repleta de barracas, bares e restaurantes com música ao vivo; e Paraíso, com quiosques sobre deques e bares rústicos em meio às pedras.

História e cultura também fazem parte das atrações da cidade e convidam a um passeio pela vila de Nazaré. Por lá estão a igreja de Nossa Senhora de Nazaré (1679), em estilo colonial; o Museu do Pescador, uma casa simples com mostra fotográfica, armadilhas e ingredientes da culinária local; e as ruínas do Convento Carmelita (1731) e do forte Castelo do Mar (1722).

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Campina Grande (PB)

Campina Grande 

A cidade ganha visibilidade em junho, quando se enfeita com balões e bandeirinhas para realizar uma das mais concorridas festas juninas do país. O arrasta-pé dura o mês inteirinho e reúne turistas e nativos no Parque do Povo, uma praça gigantesca com centenas de barracas de comidas típicas, palcos para shows de artistas consagrados do forró e pistas para a apresentação de mais de duzentas quadrilhas.

No terreno vizinho ao parque é montado o Sítio São João, um arraial cenográfico com direito a bodega, depósito de mangaio, casa de farinha, engenho e capela. Há até produção de rapadura, cachaça e farinha de mandioca. Nos fins de semana, a pedida é embarcar no Trem do Forró, que parte da Estação Velha em direção ao município de Galante. A viagem de uma hora e meia e os oito vagões são embalados pelos sons de triângulo, sanfona e zabumba, ao vivo.

Situada entre o agreste e o sertão, Campina Grande é também a terra da carne-de-sol. A iguaria é servida assada ou frita e chega às mesas acompanhada por manteiga-de-garrafa, pirão de leite, vinagrete, feijão-verde, farofa-d'-água e macaxeira. Mas pegue leve para dar conta chegar ao Sítio Arqueológico do Ingá, a 46 quilômetros do Centro, onde uma pedra de quase quatro metros de altura guarda dezenas de símbolos entalhados.

Inclua no roteiro cultural uma visita à Galeria de Arte Assis Chateaubriand, onde há obras de Portinari e de Pedro Américo. Estique o passeio até o Museu Histórico, um prédio de 1814 que reúne painéis, mapas e fotos.

Encerre os trabalhos no Museu do Algodão, que funciona na antiga estação ferroviária e conta a história do produto que impulsionou a economia de Campina Grande no início do século 20.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Baía Formosa (RN)

Baía Formosa (RN)

As praias desertas são os maiores atrativos de Baía Formosa, a apenas 60 quilômetros da badalada Pipa. A rústica vila de pescadores fica no alto de uma falésia, descortinando uma vista panorâmica pontilhada por barquinhos coloridos.

E também por surfistas, que fazem a festa com as boas ondas. Na hora do pôr do sol, caiçaras e turistas se reúnem no mirante pra apreciar o crepúsculo, que muitas vezes chega acompanhado por exibidos golfinhos.

Além de curtir as enseadas quase virgens como Sagi e Cotia; e apreciar o fim de tarde com os nativos, faça um passeio de bugue pela Mata Estrela, a maior reserva de mata Atlântica sobre dunas. O tour começa à beira-mar e segue para a floresta, onde as atrações ficam por conta das árvores de pau-brasil, das gameleiras floridas, dos jatobás e das palmeiras.


Todo o caminho é acompanhado por saguis, guaribas e pássaros silvestres. O ponto alto do programa é o banho na Lagoa de Araraquara, chamada de Lagoa da Coca-Cola por conta das águas escuras em função das raízes e minerais. Apesar da cor estranha, a água é limpinha.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Jalapão-Tocantis

Jalapão (TO)

Pouco conhecido e selvagem, o Parque Estadual do Jalapão é afastado e de difícil acesso. Apesar do isolamento e do clima de deserto, a região está entre as mais bonitas do país graças à vida e às cores que emanam da natureza. No meio do cerrado correm lobos-guarás e veados-mateiros, enquanto longínquas estradas de muita terra levam a verdadeiros oásis cercados por cachoeiras, poços de águas verde-esmeralda, dunas gigantescas... 

A incomunicabilidade - celulares não pegam e não há orelhões -, reforça o contato total e exclusivo com natureza e seus encantos. A infraestrutura para explorar cada recanto, porém, existe. Por conta das grandes distâncias e das poucas opções de hospedagem e alimentação, diversas agências de viagens oferecem roteiros para conhecer o Jalapão - e contratar uma é a maneira mais indicada para encarar a "expedição".

Os serviços costumam incluir traslado em veículos 4x4 a partir de Palmas - a quase 200 quilômetros de Ponte Alta do Tocantins, considerada a porta de entrada do parque e acessível por estrada asfaltada - além de passeios rumo aos principais atrativos, como a cachoeira da Velha, o Fervedouro, as Dunas e o Mirante, todos distantes entre si e próximos do município de Mateiros. Os pacotes também incluem pernoites em acampamentos com direito a banho quente e refeições.


Calor, sacolejo e cansaço andam de mãos dadas na região. A trinca, porém, perde força quando o visitante aprecia o pôr do sol do alto dos montes de areia alaranjada, mergulha nas águas cristalinas das quedas d'água e das prainhas ou curte um rafting no Rio Novo. Quem não abre mão de fazer compras, mesmo estando em um lugar como o Jalapão, encontra uma agradável surpresa: o artesanato em capim dourado, produzido na comunidade quilombola de Mumbuca.