segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ilha Mexiana_AM

Ilha Mexiana

Mexiana é uma ilha particular situada na foz do Rio Amazonas, exatamente sobre a linha do Equador. É uma das mais antigas do Pará, com cerca de 100 mil hectares. Nela foi construído o Marajó Park Resort – um hotel de selva no estilo marajoara. Várzeas, mangues e floresta tropical fazem parte do ecossistema local. A área abriga, ainda, várias espécies de peixes, tais como: pirarara, filhote, pescada branca, piramutaba, dourada e outros bagres da região.

E é muito procurada pelos praticantes da pesca esportiva. A ilha conta com pista de pouso e roteiros ecoturísticos, como passeios em trilhas, visitas de observação de fauna, praias – como Jaburu Pinto, Japuá, Quebra-Vara, Matupiri e Malhadas – e montaria em búfalos. Em determinada época do ano, pode-se admirar o fenômeno da "Pororoca". Parte integrante do arquipélago do Marajó, situada na costa marítima do município de Chaves, Ilha Mexiana fica a oito horas de barco de Belém, capital do estado, e a 30 minutos de avião.

O clima no arquipélago é equatorial com chuvas constantes. De junho a janeiro – quando está seco –, os passeios ficam mais acessíveis. Nos outros meses, o alto índice pluviométrico pode prejudicar um pouco a visita. A temperatura média anual fica em torno de 26ºC, com máximas de 33ºC e mínimas de 21ºC.

Atrações:
Pesca Esportiva
A pesca esportiva é um dos maiores atrativos da Ilha. Pescadores de todo o mundo viajam até lá em busca da emoção única de pegar peixes que podem chegar a quase de três metros de comprimento.

Passeio de voadeira
É possível conhecer a vida selvagem local por meio de passeio em voadeira pela floresta equatorial que cerca Ilha Mexiana.

Passeio de búfalo
Ali, o passeio no dorso de um búfalo é muito comum, visto que a região é grande criadora da espécie.

Praias fluviais
Visitar as praias de rio e a foz do Rio Amazonas também faz parte da programação, encantando até os mais experientes viajantes.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Maragogipe_BA


MARAGOGIPE – BA

Maragogipe é um município do estado da Bahia localizada a cerca de 133km de Salvador. Sua população é estimada em 41.085 habitantes aprox.. O município de Maragojipe é bastante rico no que diz respeito aos recursos naturais, apresentando um ótimo potencial para o desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo ecológico, rural e principalmente o turismo náutico, incluindo a pesca desportiva.

Apresenta excelentes condições para o turismo náutico, contando, inclusive, com uma ponte de atracação para embarcações de grande porte.

Está localizada ao fundo da Baía de Todos os Santos e situada a direita do estuário do Rio Paraguaçu, onde formou-se uma baía interna, a conhecida como Baía do Iguape.

Maragogipe fica, exatamente, no ponto de encontro do Rio Paraguaçu com o Rio Guaí, formando uma extensa região de lagamar, cercada por cerca de 30 km de manguezais com aproximadamente, 30 metros de largura.

Último paradeiro náutico do Recôncavo Baiano, a cidade ainda abriga, no porto do Caijá, dezenas de canoas e saveiros. As antigas embarcações à vela eram muito utilizadas para o transporte das mais diversas mercadorias no interior da Baía de Todos os Santos até recentemente. Hoje, ainda restam alguns exemplares concorrendo com meios de transporte mais modernos.

Como outras cidades da região, Maragogipe traz uma forte tradição religiosa católica, mas é também comprometida com o candomblé. A cidade pacata se transforma durante o mês de agosto, quando é celebrada a festa de seu padroeiro, São Bartolomeu.

Créditos: Bahiatursa e Prefeitura Municipal de Maragogipe

Historia & Cultura

Uma tribo de índios Aimoré dominava a margem direita do Peroaçu (mais tarde Paraguaçu), no trecho em que este recebe as águas do Guaí. Os índios chamavam o lugar de “Marag-gyp” – rio dos Mosquitos – em razão do local ser cercado por extensos manguezais, habitat natural desses insetos, especialmente nas mudanças de maré. Os primeiros exploradores chegaram em 1520, atraídos pela riqueza das matas e a existência de um porto para navios de pequeno e grande calado, que funcionava como apoio à rota marítmo-fluvial com final em Cachoeira.

O município nasceu de uma sesmaria doada pelo segundo Governador Geral, Duarte da Costa, a seu filho Álvaro da Costa. O local, na borda do lagamar, foi escolhido para a fundação do povoado que precisava se defender dos ataques indígenas. Com a construção da Matriz de São Bartolomeu em meados do século XVII, no topo de uma colina, foi criado um novo centro urbano.

A cidade experimentou grande desenvolvimento durante o século XIX, quando cresceu, na economia baiana, a importância do fumo – antes utilizado como produto de escambo para aquisição de escravos na África. O início da industrialização do fumo aconteceu em Maragogipe com a instalação de duas grandes fábricas brasileiras de charutos: a Suerdieck e a Danneman. A sede foi elevada a cidade em 1850, com o título de Patriótica Cidade de Maragogipe, em razão de sua participação nas lutas pela independência do Brasil.

Porto natural abrigado, a cidade está exatamente no encontro do rio Paraguaçu com o rio Guaí formando uma extensa região de lagamar, cercada por cerca de 30 km de manguezais com 30 metros de largura. Apresenta excelentes condições para o turismo náutico contando, inclusive, com uma ponte de atracação para embarcações de grande calado.

Último reduto de saveiros no Recôncavo Baiano, Maragogipe ainda abriga, no porto do Caijá, dezenas de canoas e saveiros. Essas antigas embarcações à vela eram muito utilizadas para o transporte das mais diversas mercadorias no interior da Baía de Todos os Santos, até recentemente, e ainda teimam em sobreviver concorrendo com meios de transporte mais modernos. Como outras cidades da região, Maragogipe traz uma forte tradição religiosa católica, também comprometida com o candomblé. Cidade pacata que se transforma durante o mês de agosto quando é celebrada a festa de seu santo padroeiro, São Bartolomeu.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Itabuna_BA



Itabuna é banhada pelo Rio Cachoeira que deságua no Oceano Atlântico através da Bacia do Pontal, em Ilhéus. Seu leito é rochoso e o nome Itabuna foi inspirado nas pedras das suas rochas que margeiam seus 12 km dentro da cidade. Itabuna, a 400km ao sul de Salvador, é o principal pólo de negócios da Costa do Cacau, concentrando a movimentação financeira de toda a região.

A cidade é o pólo regional de comércio, com mais de 10 mil empresas; de serviços de saúde, com hospitais e clínicas só equiparados aos de Salvador; e de educação, com duas faculdades e um forte ensino médio. Itabuna também é a de melhor infra-estrutura.

Fica em localização estratégica, na confluência de duas rodovias federais, a BR-101, servindo ao sul e ao norte, e a BR-415, indo de leste a oeste. Além disso, tem um porto internacional e um aeroporto a apenas 26km de distância, na cidade de Ilhéus.

O comércio é seu ponto forte, dinâmico e sempre em crescimento, mas a cidade também conta com indústrias de médio porte, gado e cacau.

Habitada por um povo hospitaleiro, que gosta de receber visitantes, Itabuna sabe cativar as pessoas, por isso é formada em boa parte por migrantes. Sua vida noturna é alegre e movimentada, com centenas de bares, restaurantes e eventos durante todo o ano. Itabuna é um bom lugar para morar e melhor ainda para investir.

O povoamento começou quando a região servia como ponto de passagem de tropeiros que se dirigiam a Vitória da Conquista. Na região cortada pelo rio Cachoeira, surgiu o Arraial de Tabocas em 1857, em meio à mata que então era desbravada.

O nome Tabocas, segundo a tradição, deve-se a um imenso jequitibá, de cuja derrubada fora feita uma disputa, sendo aquele o "pau da taboca", ou seja, da roça que se abria. O povoamento deu-se apenas a partir de 1867, feito principalmente por migrantes sergipanos, dentre os quais José Firmino Alves, a quem se atribui a fundação da futura cidade de Itabuna.

Em trinta anos o crescimento foi tanto que, em 1897 os moradores pleitearam sua emancipação, que foi negada. Nova tentativa foi feita, junto ao governo estadual, em 1906, comprometendo-se Firmino Alves a doar os terrenos para que fossem erguidas as sedes administrativas.

Emancipação
Fundado em 1910, o município de Itabuna tem sua cronologia confundida com a própria origem do seu perímetro urbano, a partir de meados do século XIX, reduzindo-se a importância da centenária Ferradas, que foi a primeira Vila - com o nome de D. Pedro de Alcântara, três décadas antes de Tabocas-, e o primeiro povoamento urbano no território daquele que viria a ser o município de Itabuna.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Araruama_RJ


ARARUAMA

Araruama fica localizada à apenas 108 quilômetros da capital do Rio de Janeiro e sua população estimada em 2005 era de 97.701 habitantes. Araruama possui uma área de 635,4 km², marcada por planícies e alguns lagos, entre os quais a lagoa de Araruama e a lagoa de Juturnaíba, sendo esta situada entre os municípios de Araruama e Silva Jardim., Araruama guarda belezas naturais que seduzem os visitantes.

São 11 quilômetros de litoral com praias paradisíacas, lagoas costeiras e uma gama de atrativos para quem curte o Turismo Rural.

Assim, para quem segue para a região dos lagos, o município se transforma em roteiro obrigatório para descanso, lazer e entretenimento. Conheça as praias, lagoas, distritos, praças de diversão e entretenimento. Deslumbre-se com a beleza natural de Araruama, sua simplicidade e sua gente boa de viver.

Fuja do stresse dos grandes centros, e conheça a paz, e a interação no Turismo Rural, andando à cavalo, saboreando frutos e alimentos frescos, participando do modo de vida rural e desfrutando a beleza natural.

Créditos: Prefeitura Municipal de Araruama

História & Cultura

As terras do atual Município de Araruama, antigo arraial de Mataruna, integrou a Capitania de São Vicente, doada a Martim Afonso de Sousa, em 1534. As primeiras notícias, sobre a exploração de seu território, datam de 1575. O ano de 1615 é apontado como início de seu devassamento, figurando como colaboradores eficientes do povoamento e evolução política os padres capuchinhos, construtores das primeiras igrejas e conventos.

Encontram-se em documentos dessa época as primeiras referências sobre a região onde se acha hoje a sede municipal: pelas Cartas de Sesmarias o primitivo proprietário de terras foi Manoel Riscado, a quem se concedeu, em 1626, uma sesmaria de quatro léguas. Cortines Laxe, em seu livro Municipalidades do Brasil, menciona que, em 1938, Martim Corrêa Vasqueanes adquiriu, dos herdeiros de Manoel Riscado, as terras situadas no local denominado Parati, onde se erigiu uma capela em honra a Nossa Senhora do Cabo. Ainda hoje o lugar é conhecido como Campo da Igreja.

Em 1799, por Edital de 10 de janeiro, foi criada, com natureza de coletiva, a Freguesia de São Sebastião de Araruama. Diz ainda Cortines Laxe, que ao tempo da criação da freguesia a capela não funcionava como curada, tendo se arruinado a que fora reconstruída por Corte-Real. Nova capela estava sendo edificada pelo padre Antônio Gonçalves Marinho. Não existindo assim outro templo condigno para a celebração dos atos paroquiais, determinou aquele edital que servisse de Matriz a capela do Hospício de São Sebastião, levantada pelos capuchos de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, em terras do padre Joaquim Ribeirão do Amaral, à margem da lagoa Araruama, a um quarto de légua de onde se encontra hoje a Cidade.

Até 1852 a freguesia de Araruama fez parte do Município de Cabo Frio, porém, a partir de outubro desse ano, passou a pertencer ao de Saquarema. Em fevereiro de 1859, tornou-se sede do mesmo Município, por ter sido extinta a Vila de Saquarema e criada a de São Sebastião de Araruama. Restaurada a Vila de Saquarema, em 24 de julho de 1860, subsistiu a de Araruama, cujo território foi acrescido com o da Freguesia de São Vicente de Paulo, desanexada de Cabo Frio. Graças ao clima salutar, passou o Município a desenvolver-se, vindo a tornar-se importante centro de atração turística. A lagoa que embeleza seu território oferece, aos que a visitam, magníficas praias afamadas pela limpidez de suas águas.

Fonte: IBGE






segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dicas de Viagem > Mala de viagem



Dicas de Viagem > Mala de viagem

Vôos nacionais
O passageiro pode levar 20 kg de bagagem na classe econômica e 30 kg na executiva ou primeira classe. Nas linhas regionais, o limite é de 10 kg em aviões com até 20 assentos e de 20 kg em aviões com mais assentos.

As taxas para excesso de bagagem geralmente correspondem a 1% do valor do bilhete não-promocional. Em vôos regionais, a taxa para os aviões de pequeno porte é de 2% do valor da tarifa e para aviões maiores, de 1%.

Vôos internacionais
A franquia varia de acordo com o país de destino. Para os Estados Unidos e África do Sul é possível levar dois volumes, cada um com dimensões (soma do comprimento, largura e altura) de até 158 cm e com peso máximo de 32 kg. Estas regras não valem para a bagagem de menores de dois anos, que não têm direito à franquia, nem para o transporte de animais de estimação.

Em casos de Extravio ou dano
Em caso de dano ou sinais de violação da bagagem, o passageiro deve comunicar imediatamente a empresa aérea e preencher o Registro de Irregularidade de Bagagem (RIB). Se houver alguma dúvida ou problema, o viajante pode procurar o Departamento de Aviação Civil (DAC), órgão oficial que atende as queixas e reclamações sobre bagagens, por meio das Seções de Aviação Civil (SACs), instaladas em cada aeroporto.

Antes do embarque, o passageiro tem a opção de declarar os valores atribuídos à sua bagagem. Para isso, é cobrada uma taxa suplementar e a companhia pode pedir uma relação completa dos itens e verificar o conteúdo da mala. Se houver extravio, o viajante receberá o valor declarado e aceito pela empresa. Jóias, papéis negociáveis e dinheiro não são aceitos na declaração.

Quem não fizer declaração de valores tem direito a indenização limitada caso ocorra extravio da bagagem. Em vôos internacionais, a companhia paga indenização ao passageiro no valor máximo de US$ 400. Em vôos nacionais, a compensação é feita de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica.

O que é proibido
Alguns objetos não podem ser levados na bagagem despachada, entre eles: armas de fogo, gases comprimidos, instrumentos musicais volumosos, líquidos e sólidos inflamáveis, materiais magnéticos, radiativos ou oxidantes, material irritante, munições, explosivos e fogos, peróxidos orgânicos, produtos venenosos ou corrosivos e substâncias infecciosas. O passageiro deve consultar a empresa quando precisar transportar alguns destes produtos, assim como artigos frágeis e perecíveis.

Bagagem de mão
Em vôos domésticos, é permitido levar bolsa de mão, maleta ou equipamento com peso máximo de 5 kg e com dimensões de até 115 cm. A bagagem deve caber embaixo do assento ou nos compartimentos acima das poltronas e não pode incomodar os demais passageiros, nem ameaçar a segurança do vôo. Em viagens internacionais, o limite depende de normas específicas fixadas por convênios.

A companhia aérea não se responsabiliza por danos em bagagens de mão ou objetos de uso pessoal. Apenas o faz quando ficar provado que o prejuízo foi causado por algum funcionário da empresa.

O passageiro também pode levar: manta, guarda-chuva, bengala, alimentação infantil para consumo durante a viagem e uma cesta ou equivalente para transporte de criança de colo. Objetos como jóias, documentos negociáveis, ações, dinheiro, notebook, máquina fotográfica, filmadora, telefone celular (sempre desligado) e outros bens de valor só podem ser transportados em bagagem de mão.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Imarui_SC


IMARUÍ - SC

A influência da colonização açoriana se faz presente no dia-a-dia da cidade, tanto na arquitetura como nas festas e manifestações religiosas. A pesca é a principal fonte de economia do município, seguida da agricultura, onde se destacam o arroz, a farinha de mandioca e outros. A cidade também está investindo no turismo rural, tendo ótimas pousadas. Possui uma população de 13.404 habitantes e fica a 128km de Florianópolis.

A cidade, às margens da lagoa de Imaruí, preserva a cultura açoriana, presente nas brincadeiras da Ratoeira, Ternos de Reis, Pau de Fitas, Quadrilhas e Boi-de-Mamão. No Interior, encontram-se contadores de “causos” que refletem a religiosidade através das crenças e mitos como o do lobisomem, o da mula-sem-cabeça e o do boitatá. Um dia é pouco para conhecer este encanto de cidade, onde oferece além da hospitalidade dos moradores, maravilhosas cachoeiras e pousadas rurais. Imaruí oferece ótimas condições para a prática de esportes como: parapente, pesca artesanal, passeios de barco, lanchas e jet ski na lagoa, caiaque, cavalgadas, motocross, trilhas ecológicas. Não deixe de visitar a Igreja Matriz São João Batista da cidade, cartão postal da cidade e a Gruta de Santa Albertina.

Créditos: Santur e Prefeitura Mun. de Imaruí

História & Cultura

Contam os historiadores que a primeira colonização da região onde hoje está Imaruí ocorreu antes de 1800 e foi realizada por um grupo de pescadores oriundos de Laguna.

Em 1833, foi criada a Freguesia de São João Batista do Imaruí, que se tornou distrito de Laguna. Um dos colonizadores foi o gaúcho João Vieira da Rocha, que acompanhou os farrapos até Laguna e que mais tarde mudou-se para Imaruí em companhia dos filhos.

A guerra que se seguiu à instalação da República Juliana, onde ocorreu o trágico episódio da conhecido como o "massacre de Imaruí fez com que muitas famílias deixassem Laguna para morar em Imaruí, por volta de 1839. Imaruí passou à categoria de município em 27 de agosto de 1890, e o nome foi dado por uma tribo de índios que habitava o local: vem do mosquito maruim, comum na região.

Município integrante da Região dos Lagos, destacando-se pelos seus recursos naturais. Possui a maior lagoa de Santa Catarina, viveiro natural de reprodução de camarões. Tem na pesca artesanal sua segunda maior atividade econômica. Povo de origem açoriana, alegre e hospitaleiro, tem na religiosidade um de seus aspectos mais marcantes.
Fonte: www.brasilturismo.com

domingo, 5 de setembro de 2010

Santa Maria Madalena_RJ



SANTA MARIA MADALENA
Historia & Cultura

Em 1835, quando a Vila Real da Praia Grande, torna-se a cidade de Niterói, aparecem as primeiras notícias de vasta porção de terras existentes nas cabeceiras do Córrego São Domingos, vertente do Santíssimo e pertencentes a Cantagalo, era Santa Maria Madalena.

Estas terras foram descobertas em 1840, anexadas a São Francisco de Paula, portando as honras de curato. Desbravadas nesse mesmo ano, pelo português Manoel Teixeira Portugal, que chegou até ao vale onde se situa hoje, a nossa Igreja Matriz deixando-nas, um pouco depois, para buscar serões mais densos e fugindo dos pântanos cheios de barro branco dos seus arredores, devido ao qual, os viajantes que passavam em busca da estrada de Cantagalo – Macaé, apelidaram o sítio de Tabatinga, na ordem cronológica, a primeira denominação do Arraial do Santíssimo, atualmente nossa cidade de Santa Maria Madalena.

Era ainda Tabatinga, sertão bravo, quando o velho mateiro José Vicente, perseguindo escravos foragidos do sítio, se apossou, armando um rancho, no mesmo local onde já estivera o português Manoel Teixeira Portugal.

A lenda comumente confunde-se com a história. E a história de Santa Maria Madalena começa justamente, quando José Vicente troca a sua posse das terras com o velho padre aposentado, Francisco Xavier Frouthé, por uma magnífica espingarda de fabricação Suíça.

O fato tem toda aparência de lenda, do qual temos somente notícia boca a boca. Todavia, existe a escritura lavrada em notas do escrivão de paz Antonio Leocclat, da freguesia de São Francisco de Paula, 3º distrito de Cantagalo, em 20 de abril de 1850, que vem abonar, em parte a afirmativa tradicional.

Por este título, atribuindo-se à transação o valor de 200 mil réis, o Padre Frouthé foi declarado senhor e possuidor de umas terras no Arraial do Santíssimo e fez doação de parte delas, por livre e espontânea vontade à Santa Maria Madalena.

Construída a capela, um ano e seis meses mais tarde, a 15 de setembro de 1851, por influência do próprio doador das terras, o Arraial do Santíssimo passava a curato e a chamar-se, oficialmente Santa Maria Madalena.

Em maio de 1852, criava o governo da província do novo curato, um Distrito de Paz e a 29 de setembro do mesmo ano, uma sub-delegacia de Polícia, característica de seu progresso.

Em 1855, com novo passo na senda do progresso, Santa Maria Madalena obteve categoria igual a São Francisco de Paula, eleva-se a freguesia por força do Decreto 802, de 28 de setembro de 1855. E de tal maneira se desenvolve e tais são as influências poderosas que animam e bafejam para fazê-la autônoma, que na Assembléia Provincial, uma voz alta e possante se ergue a pleitear-lhe os desígnios. Essa voz é a do Coronel Braz Fernandes Carneiro Viana, cunhado do Duque de Caxias e contra parente do Presidente da Província desembargador Luiz Alves de Leite de Oliveira Belo. Ao coronel Braz, Santa Maria Madalena deveu a elevação à categoria município e ao desembargador a assinatura do Decreto que a emancipou de Cantagalo.

O Coronel Braz Viana, antes de ver coroada de êxito a sua inspiração, passou angustiosos momentos. Conta-se que defendia a causa de um voto que lhe fora prometido por um padre deputado, José Esperidião de Santa Rita, que depois na hora de votar, arrependido ou ameaçado deixou o recinto das sessões trancando-se no banheiro. Diz a tradição, dada a têmpera inquebrável dos barões daquela época, que com muita raiva, Braz Viana, o foi tirar dali, metendo os ombros vigorosos à porta e trazendo-o pela gola à sala, onde teve de cumprir a promessa.

Poucos madalenenses sabem dessa proeza. Aliás as nossa duas praças são dedicadas aos dois personagens que iniciaram a nossa história. Na praça Frouthé está a imponente Igreja Matriz, sucesso da capela dedicada à Santa de devoção do padre Francisco Xavier Frouthé, e na praça Coronel Braz estão a Prefeitura Municipal e a Câmara Legislativa. Se a devoção tem sede na praça do padre, na praça do grande Coronel, o poder legado do povo, se encontra, como uma homenagem póstuma ao primeiro que levantou a voz em prol de nosso município.

Se os acontecimentos desenrolaram-se dessa maneira não o sabemos, no entanto, o fato positivo é que, em 24 de outubro de 1861, pelo Decreto 1208, Santa Maria Madalena, desmembrada de Cantagalo e tendo a si anexada as freguesias de São Francisco de Paula e São Sebastião do Alto, eleva-se a categoria de vila.

Instalou-se o novo município em 08 de junho de 1862, quando nos termos do artigo 2º do próprio decreto de criação, os seus moradores mobiliaram, à suas custas, uma casa para as sessões de júri, a Câmara Municipal e das audiências de autoridades.

Instalado o município era necessário formar-se o patrimônio municipal, e os primeiros vereadores quiseram para tanto, apoderar-se dos terrenos doados à Santa Maria Madalena em 1850 pelo padre Frouthé, a pretexto de nulidade daquela escritura em notas do escrivão de paz Antonio Leocclat. Processou-se grande e longa questão na qual interferiu o próprio Ministro da Justiça, Marques de Abrantes, dizendo em 20 de julho de 1863, o presidente da Província Policarpo Lopes de Leão, que nenhum direito assistia à Matriz aquelas terras, pelo motivo de não ter pedido dispensa da lei de amortização todavia não era a Câmara que lhe competia, suceder, mais sim a Fazenda Nacional. Entretanto não sendo justo deixar-se de povoar a vila e tento isso em apreço, mandava o Ministro, demarcar os terrenos da Santa, dividi-los em lotes e aforá-los aos moradores que requeressem em primeiro lugar.

Essa decisão foi muito proveitosa ao Município, redundando num incremento de sua povoação e de sua lavoura, onde o café, cultivado com o esforço do elemento negro escravizado, começou a destacar-se no balanço econômico da comunidade.

Desde essa época a região progrediu rapidamente, até que em 1888, com a promulgação da Lei Áurea, sofreu uma interrupção em sua marcha ascensional, com o advento da Abolição, que trouxe como conseqüência imediata.

O êxodo de grande massa de trabalhadores rurais, muitas de suas terras cobertas de culturas valiosas, foram abandonadas, baixando assim o teor de produtividade do Município.

Quando em 28 de julho de 1890, já no período republicano, portanto a vila de Santa Maria Madalena recebeu foros de cidade, notava por parte de seus habitantes, uma adaptação bem acentuada as novas condições sociais e econômicas, conseqüentes da promulgação da lei Abolicionista e muitos dos seus campos já começavam a ser aproveitados na exploração pastoril, enquanto as fazendas de café, o braço escravo começava a ser substituído pelo colono assalariado.

Graças a esse rápido poder de adaptação é que, atualmente, o Município já se destacou, novamente, no conjunto das colunas fluminenses, sendo a sua sede um centro comercial relativamente adiantado.

Não obstante constituir o café a principal atividade agrícola de Santa Maria Madalena, observa-se nessa localidade, a existência de outras lavouras importantes, estando em fase intensa prosperidade e exploração de sua indústria pastoril.
Fonte: Pref. Mun. de Santa Maria Madalena