Ubatuba_SP
Ubatuba, no litoral norte do estado de São Paulo, tem cerca de 80% de seu território dentro da área de preservação permanente do Parque Estadual da Serra do Mar, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.
Coberta pela Mata Atlântica quase intacta, onde se revelam inúmeras cachoeiras, como a da Escada, possui aproximadamente 84 praias e 16 ilhas, ao longo de 100 km de costa.
Com águas claras, que proporcionam boa visibilidade, e uma grande variedade de vida marinha, é considerado um paraíso para os adeptos do mergulho. Entre peixes e tartarugas, até golfinhos e baleias costumam ser vistos no mar de Ubatuba, que oferece praias para todos os tipos de gosto.
Entre as mais bonitas, podem ser incluídas ao menos dez, a começar por Itamambuca, uma das mais procuradas pelos surfistas, por causa de suas ondas fortes. Extensa, de areia clara e solta, com muita vegetação e a desembocadura de três rios de águas cristalinas, dois dos quais formam um lago, Itamambuca é própria também para mergulho e esportes náuticos.
Outras favoráveis ao surfe, são as praias do Félix, de águas transparentes, com ondas fortes do lado esquerdo e mar tranqüilo no canto direito, e a Vermelha do Centro, ou Vermelhinha, cujas areias, grossas e fofas, com muitas conchas, apresentam um tom avermelhado. Já a Praia do Tenório, tem areias brancas e macias, enquanto a Brava da Fortaleza tem a orla abrigada pela Mata Atlântica.
A pequena e desabitada Cedro, tem aspecto primitivo, Puruba, para ser acessada, exige a travessia da junção de dois rios. Na Vermelha do Sul, há muitas casas sofisticadas, o que lhe rendeu o apelido de Praia dos Arquitetos, e Domingas Dias, é uma pequena enseada, de águas límpidas e tranqüilas.
A Praia de Picinguaba é muito visitada, não apenas por suas águas verdes e calmas, mas também por possuir uma antiga vila caiçara, tombada pelo Patrimônio Histórico, onde foi restaurada uma Casa de Farinha, ainda em pleno funcionamento.
Faz parte do Núcleo Picinguaba, que tem cerca de 475 km² e é o único trecho do Parque Estadual da Serra do Mar que atinge o nível do oceano, protegendo ecossistemas costeiros com altos índices de biodiversidade, entre praias, mangues, costões rochosos e mata de restinga.
Igualmente inserida no Parque Estadual da Serra do Mar, a Ilha Anchieta possui sete belas praias selvagens e ótimos pontos de mergulho, além das instalações do Projeto Tamar e das ruínas de um antigo presídio político.
O Aquário de Ubatuba, em Itaguá, possui tanques de água salgada, entre os quais, um dos maiores do Brasil, tanques de água doce e até uma área climatizada para pingüins.
História & Cultura
Foram os índios Tamois os primeiros habitantes de Ubauba, que até início do século XVII, possuíam numerosos aldeias. Transcorreu ali, a Confederação dos Tamoois, levante indígena contra os colonizadores portugueses, causado por incentivo dos franceses (Nicolau Durand de Villegaignon) invasores do Rio de Janeiro.
Hans Staden, mercenário alemão, do forte português de São Jorge do Bertioga, ficou prisioneiro na aldeia de Iperoig. Depois dele, Padres Manoel da Nóbrega e José de Ancheita foram os primeiros brancos a visitar o aldeamento de Ubatuba, com o intuito de apaziguar os Tamoios. Nesse tempo, Anchieta escreveu o célebre "Poema à Virgem", nas areias de Ubatuba. Com hábil indicação desses padres, foi esabelecido em 1563, o tratado "A Paz de Iperoig".
Ubatuba, cujo topônimo decorre de "Ybá-tiba"- abundância de cana brava utilizada para confecção de flechas, foi fundada pelo Capitão e ouvidor Jordão Homem da Costa, natural da ilha portugueses Terceira, que com sua família e agregados, aqui se estabeleceram por volta de 1600. Levantou uma capela sob invocação de "Exaltação de Santa Cruz", iniciando, assim, a povoação local. Foram concedidas as primeiras sesmarias cabendo a Inocêncio de Inhatete e Miguel Gonçalves, em 1610, as terras que compõem o atual Município, entre os rios Marajaimirendiba e Ubatuba. Pouco tempo depois, em 1637, foi elevada à categoria de vila (Município), predominando em sua economia as culturas da mandioca e cana-de-açúcar, e ainda a pesca.
Durante a primeira metade do século XIX, o café foi o principal responsável pelo grande surto de desenvolvimento ocorrido e pelo seu porto era escoada a produção do Vale do Paraíba.
Fonte: IBGE
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